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Um pouquinho de "A Fazenda"... Calma, não se assustem!

Lui Mendes - A Fazenda
Consultando números para entender a estratégia do AiatoLula por escolher um programa com apenas 8 pontos no Ibope (Ratinho) para apresentar seu candidato democraticamente definido no "dedaço", esbarrei com o seguinte trecho no site CANAL TV!:
Durante uma conversa com Sylvinho e Rodrigo no Celeiro de A Fazenda, Lui Mendes falou sobre as cotas nas universidades para negros. “Acho preconceituoso demais ganhar uma vaga só porque eu sou negro. É mais uma humilhação, os governantes deveriam criar mais escolas ao invés disso.
Esse lance de cota é uma coisa maluca, porque tem um monte de loirinho de olho azul que também precisa dessa cota para entrar na faculdade. Acho que tem que ter cota para pobre”, disse Rodrigo Capella.
Lui Mendes continuou a conversa e falou que, mesmo tendo nascido em uma comunidade carente do Rio de Janeiro, teve algumas chances em sua vida: “eu tive a oportunidade, estudei e estou aqui (no reality show) tentando melhorar a minha vida”.
Não resisti! Tive que postar porque, 98% das pessoas que opinaram neste Blog, concordam com Mendes! Estive em várias salas de aula (inclusive em outros estados), tanto como aluno, quanto orientador, e pude constatar, analisando o número divulgado pelo Ministério da Educação, que se menos de 1% das vagas universitárias de São Paulo são preenchidos por negros, na maioria dos casos não ocorre por falta de incentivos ou oportunidades e sim, falta de interesse em abandonar o proselitismo racial e percorrer o árduo caminho dos postulantes a melhores oportunidades de carreira.

Tenho amigos negros que ocupam profissões excelentes e que, com muito custo conseguiram obter um diploma. Tive um supervisor negro que era muito orgulhoso de sua cor e, embora por pouco tempo, conseguiu me ensinar muitas coisas (inclusive, também foi meu professor de Psicologia). Não há nada de errado com as cores de nossa pele ou o modelo de nossas escolhas: o racismo consiste em continuarmos tratando do assunto e multiplicando ONGs mais interessadas em manter os negros em "quilombolas" culturais promovendo o sectarismo social e intelectual. "Papo reto", deputada Lecy Brandão, é diálogo sem curvas e sem distinção!

Nessa briga também entra Regina Casé que parece acreditar não ser possível ensinar matemática ou a poesia de Camões e Manuel Bandeira ao morro ou à periferia, mas está certa de que o morro e a periferia é que têm de ensinar funk e rap aos "imperialistas" e aos "playboys". É como se estivéssemos criando outra civilização como se já não fosse a nossa!.

Parabéns ao Lui Mendes, como ele há milhares de negros que compartilham de seu ponto de vista e também este escriba. Uma visão "preservacionista" da civilização da miséria (e aqui não me refiro somente aos negros),  poderá assumir uma face cruel quando o assunto é, por exemplo, segurança pública. A polícia, seria sempre vista como invasora, repressora da livre expressão artística e agente opressora dos que são considerados dementes por tratarem a cultura de periferia como um sistema com valores próprios e distintos.

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