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Minhas podres raízes na esquerda populista me atormentam

Um Asno
O povo daqui sabe que não sou muito adepto de redes sociais e que a razão de fazer parte dela é que em um dado momento precisei ter garantido o meu direito de resposta as ofensas dirigidas a mim no Facebook. As ofensas diminuíram muito e os ataques também, até porque as pessoas passaram a ver que o coice é pesado e que não paro diante de ameaças. Às vezes vejo outros usuários recebendo ataques gratuitos em virtude de expressar suas opiniões publicamente através dessas redes e me pergunto, onde estaria a liberdade de expressão e o debate civilizado? É claro que divirjo de muita coisa, sobretudo no que diz respeito a cegueira de algumas pessoas quando defendem fervorosamente uma opinião que nem mesmo possui raízes em seus intelectos. Vou citar um caso que me envolve.

Fui estudante apaixonado pela ideologia da esquerda e foi justamente esta paixão que me levou a devorar jornais e revistas afim de entender o que se passava no "sistema" que, enquanto anarquista, odiava. Diferente de algumas pessoas que se negavam a ler este ou aquele veículo de informação, sempre fui de ousar conhecer ambos os lados da informação (sempre com a motivação de ter argumentos para desqualificar aqueles que eu não concordava, naquela ocasião, a revista Veja). Fui assinante da Veja, da Exame, da Isto É, da Você S.A., da Super Interessante, mais tarde da Época e Galileu. Assinei em ciclos alternados os jornais Estadão, Folha de São Paulo e Valor Econômico. Com a popularização da internet diversifiquei muito mais as minhas fontes de informação e minha curiosidade aumentou.

O fato é que hoje li um comentário sobre a ultima edição da Veja no Facebook que me fez recordar minhas origens na esquerda. O comentário fazia alusão a possibilidade de a matéria sobre a acusação de Marcos Valério contra Lula ter sido forjada porque a revista é comprada pelos adversários. Até ri comigo mesmo e desenhei uma piada em minha mente: claro que é comprada e custa R$ 9,90! Mas, o caso é mais sério... Hoje não defendo veículo  de mídia algum, mesmo porque, dezessete anos de experiência nesta área me ensinaram que o combustível da informação é a publicidade e a informação paga. Um veículo só conseguiria ser completamente independente se apenas a venda de seus exemplares fosse a origem de seu faturamento. Isso é impossível em qualquer democracia do mundo: não há leitores pagantes suficientes!

As razões que me levaram a ser de esquerda, obviamente foram introduzidas em minha mente através de vários professores que estavam mais comprometidos com esta ideologia do que em atender ao currículo de disciplinas orientado pelo estado. Esta realidade monstruosa ainda apodrece nosso sistema de ensino. O discurso humanista encanta e fascina muito. Iludido, passei a odiar a imprensa, sobretudo a revista Veja, e a acusar tudo o que não reforçava a propaganda esquerdista e que, no meu ponto de vista àquela época, atuavam como ferramentas de dominação das famosas "elites". Quando lia uma crítica a qualquer ídolo da esquerda já rotulava o jornalista de reacionário (igualmente sou rotulado hoje).

Nestes anos todos entendi porque profissionais e até redes têm se mobilizado em favor dessa propaganda populista que vem se tornando o mantra de nossa atual cultura democrática. Entendi porque um sacana como Mino Carta, editor da Revista Carta Capital, e ex-editor expulso da editora abril por vassalagem política se dá ao trabalho de construir mentiras com semelhanças com a verdade, assim como seu príncipe favorito e boca de aluguel, Paulo Henrique Amorim e seus caches milionários por serviços prestados como "progressista", bem como o grande (já o admirei muito no passado), Luis Nassif, com seu salariozinho de cinquenta e cinco mil reais por mês por suas análises não tão críticas a economia do país. Esse último sim, é o cara, pois deve mais de R$ 5,4 milhões ao BNDES porque não foi eficaz nem nas análises de suas contas, mas não deixa de ser vedete dos progressistas revolucionários.

Ainda tem a Rede Record através de seu líder, Edir Macedo, há muito tempo comprometido com a propaganda petista. Não posso me esquecer do grande cientista político Wanderley Guilherme dos Santos que além de ser o baluarte a quem os progressistas recorrem para dar sua palavra intelectual sobre qualquer caso que envolva críticas ao desastre que se tornou o governo pela esquerda. Esse senhor consegue dizer até que o julgamento do Supremo sobre o mensalão é de exceção e julga sem provas, o que é uma mentira que só pode ser perdoada na boca de pessoas ignorantes sobre o funcionamento da justiça. Pessoas, inclusive, que desconhecem seus próprios direitos constitucionais, mas que se atrevem a comentar como especialistas as decisões dos maiores expoentes de nosso sistema judiciário. Não poupam críticas e repetem, à exaustão, as mentiras construídas pelos pilantras ora julgados.

A minha confiança no governo de Lula (não nego, jamais, que votei nele em sua primeira campanha vitoriosa, e foi a única vez), foi destruída, primeiro por conta de sua falta de escrúpulo em não dar o devido crédito as boas coisas que permitiram que pudesse realizar o seu mandato sem sobressaltos. Depois, pela sua mentira no episódio do pagamento da dívida externa (que não seria possível se a economia do país não estivesse solidificada), ademais, esqueceu-se de informar sua manobra elevando exponencialmente a Dívida Interna do país. Tem ainda os episódios de escancarado marketing político quanto a Petrobrás e a transposição do Rio São Francisco. Adiante, sua cara de pau em afirmar a retirada de quase quarenta milhões de brasileiros da linha de pobreza utilizando um artifício matemático inescrupuloso (novamente, pretendem fazer o mesmo com a educação, aniquilando a média histórica que serve como referência para as medidas). Por último, o episódio do mensalão, por si só, não teria me decepcionado tanto com sua política (eu teria aguardado o julgamento do Supremo sem me manifestar), se não fosse a sua atitude criminosa de tentar minimizar o crime, ou de qualificá-lo como uma operação menos pejorativa como um mero caixa 2 (como se isso fosse menos feio!).

Minha paciência com a esquerda se esgotou no tempo em que prestei serviços a entidades sindicais que promoviam programas com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Vi tanta merda sendo feita com o dinheiro suado e contribuído pelos trabalhadores que meu estômago embrulhou. Num dado momento de minha vida, conheci o que era miséria autêntica! Passei fome por três anos, fiquei desempregado e recebi as propostas mais impróprias que nunca poderiam ser feitas a um pai que vê sua razão de existir como provedor da família aniquilada (foi neste momento que entendi que não existia esquerda ou direita).

Nunca cedi e por isso fui condenado mais uma vez por ser um burro idiota. Inclusive, esta é a razão pela qual não concordo que um indivíduo decida se corromper e cair na sedução do ilícito justificando sua condição de não assistido adequadamente pelo estado. A responsabilidade pela minha existência e pelas minhas ações nada têm a ver com o Estado, não é ele quem decide minha vontade e não deve ser ele o culpado por meus desvios. Passei por outro período escuro recebendo ameaças para que minha voz jamais se voltasse contra as pessoas que tentaram me usar. Hoje escrevo segundo minha consciência e recebo críticas das pessoas que pretendo alertar!

Tenho de fazer justiça aos milhares de ideólogos da esquerda que o fazem por convicção e paixão aos seus ideais, porém, grande parte nunca soube, sequer, o que realmente é a a condição de miséria humana que tanto defendem. Continuarei, sem cessar, a informá-los de que suas bandeiras são tão furadas quanto a opinião que acreditam ter. Nem mesmo esta opinião lhes pertence! É parte da propaganda de gente que sabe o que falar, e quando, para as pessoas ávidas por ouvir. Basta que se façam perguntas simples como: porque penso assim? de onde vem a opinião que defendo? Uma análise breve de suas convicções servirá de base para que realmente passe a exercitar seu próprio raciocínio. Escolhi o Asno porque ele representa o povo e esta é minha bandeira!

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