Boa noite pessoal. O pastor Silas Malafaia comenta a iniciativa do procurador Jefferson Aparecido Dias, que quer tirar das cédulas do real a expressão “Deus seja louvado”. Mais uma vez, concordo com as palavras de Malafaia e acredito que a maior parte da população não sente o menor incômodo por existir a referida frase. Continuando o debate sobre a representação do Ministério Público exigindo a retirada da frase "Deus seja Louvado" das cédulas, acho que a questão não diz respeito à fé de cada um, mas à tolerância com a fé alheia, especialmente à da esmagadora maioria dos brasileiros. Fala-se ali de um “Deus” genérico, no qual acreditam cristãos, judeus, muçulmanos, espíritas e outras tantas convicções religiosas. Algumas religiões de origem africana não são monoteístas, mas não são hostis a existência do divino. Notem: se aquele “Deus” da cédula fosse explicitamente o Deus cristão, isso já estaria a falar a mais de 90% dos brasileiros. Não me incomoda a inscrição. Aliás, nem a maioria dos ateus se incomoda! Tenho preocupação, sim, é que daqui a pouco vão impedir que se usem determinadas figuras nas fachadas das lojas ou logomarcas e exigir que obras literárias sejam incineradas porque isso estaria agredindo a fé de alguém.
Nas democracias, prevalece a vontade da maioria na escolha dos mandatários e, frequentemente, no conteúdo das leis. Elas também se fazem presentes nos costumes e nos valores. Mas o regime só será democrático se os direitos das minorias forem garantidos. Haver na cédula do real a expressão “Deus seja louvado” significa, sim, que este é um país em que a esmagadora maioria acredita em Deus, mas não caracteriza, de modo nenhum, supressão dos direitos daqueles que não acreditam em Deus nenhum, que acreditam em vários deuses ou que simplesmente acham a religião uma perda de tempo. Em sociedade, a afirmação positiva de um valor não implica, necessariamente, a cassação da expressão de quem pensa de modo diferente.
Concordo com você e com Silas, tirar a frase das cédulas é uma grande besteira, isto nunca incomodou ninguém.
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