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UNIESP: Comento a Nota de Esclarecimento da SUESC, unidade do grupo no Rio de Janeiro

CPI das Universidades Privadas - Um Asno
No dia 21 de julho, a estudante Claudia Heleodoro, aluna da Sociedade Unificada de Ensino Superior (SUESC), braço da UNIESP no Rio de Janeiro, postou um comentário denunciando sua situação perante esta unidade. Fiz uma breve pesquisa e encontrei uma Nota de Esclarecimento da Uniesp do Rio sobre a Nota Técnica do MEC 338/13. Reproduzo-a na íntegra e comento em azul. Retorno ao final. 
Nota de Esclarecimento
A UNIESP tem buscado o diálogo construtivo com o Ministério da Educação (MEC) para aprimorar os mecanismos de controle, gestão e ampliação do programa FIES em suas 110 faculdades e dois centros universitários. Atualmente, somos mais de 125 mil alunos e quase nove mil funcionários, entre professores e administrativos, com presença em doze estados brasileiros. Graças ao empenho e dedicação de nossa comunidade, depois de 15 anos de existência formamos um dos mais importantes grupos educacionais do país, concorrendo em condições de igualdade com gigantes mundiais da educação. Temos orgulho de ser 100% brasileiros. Por isso mesmo, estivemos entre os primeiros grupos de ensino privado que aderiram ao Prouni – Programa Universidade Para Todos – e ao FIES – Fundo de Financiamento Estudantil."Graças ao empenho e dedicação de nossa comunidade", vírgula! Graças a adesão e a condição de fiadores dos alunos no tal programa "A UNIESP paga sua faculdade"! Além do mais, esse papo de diálogo construtivo deve ser aquela história que muitos alunos vem repetindo sobre um tal de "Novo FIES" que foi ventilado na forma de boato.O despacho da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, publicado no Diário Oficial da União (31 de maio de 2013, seção 1, págs. 26 a 28, leia aqui), será integralmente cumprido porque atende aos nossos anseios de colaborar para o aperfeiçoamento da mais importante política pública de ensino superior da história do Brasil: o FIES. Foi a partir de sua criação, em 2010, ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o jovem brasileiro de baixa renda começou a ter de fato a oportunidade de sonhar com um futuro melhor e mais digno. Já sob o governo da presidenta Dilma Roussef, o FIES vem sendo melhorado para atender às dificuldades e novas questões que surgem naturalmente no processo cotidiano de implementação do programa.Pois é... Em 2010, segundo a própria UNIESP, o grupo contava com cerca de 35 mil alunos. Com a implementação do Programa em menos de 3 anos saltou para 125 mil! Não há dúvidas de que o FIES tornou-se mesmo a mais importante política de ensino superior da história do brasil... Para alguns grupos e faculdades!! Primeiro que o programa vem sendo utilizado de uma forma escandalosa para promover uma concorrência desleal para com as outras faculdades que não fizeram uso do recurso marqueteiro (Pagamos o seu curso!!), para atrair mais alunos. E por último, o uso dos alunos como fiadores para promover o crescimento do grupo foi, principalmente, com o intuito de aumentar mais salas para atrair mais novos alunos e não para promover maior qualidade nos cursos oferecidos.É justamente a partir dos ajustes propostos de forma oficial, como o despacho do MEC, que podemos também aperfeiçoar os mecanismos de controle e gestão do FIES em nossas unidades, especialmente o programa “A UNIESP Paga a sua Faculdade”. 
Ora bolas! Os ajustes só foram propostos por causa da existência de programas como "A UNIESP paga sua faculdade"!
Nesse sentido, queremos informar à nossa comunidade, parceiros e sociedade que todas as instituições seguem com suas atividades normais, sem qualquer prejuízo aos alunos e professores. No mais breve tempo possível, encaminharemos ao MEC o atendimento de todas as solicitações da Nota Técnica nº 338/13.
Fernando Costa

Presidente da UNIESP
Concluindo...
A estudante Claudia Heleodoro, que mencionei acima, informou através do espaço de comentários, que entrou com uma ação no Procon em relação ao fatores expostos neste blog e não obteve esclarecimentos quanto as suas reclamações. Ela afirma que os estudantes da SUESC passam por problemas com as instalações: "salas de aulas que chovem dentro, infiltrações, falta de elevadores, poeiras excessivas, alunos com problemas de locomoção que não tem como chegar as salas de aulas, falta de ventilação, as salas quando tem 3 ventiladores é muito, faltam ar-condicionados e principalmente janelas. Somos obrigados a ficarmos 'entulhados' em salas apertadas sem uma única janela, dentre outros problemas visíveis", escreveu.

Ela também afirmou que quando foi renovar sua matricula para o próximo semestre lhe entregaram um documento onde informava que o FIES estaria suspenso por uma portaria e que os estudantes estariam cientes que a não renovação implicaria no pagamento da utilização dos períodos já cursados. Segundo Claudia, quando ela questionou essa informação na instituição foi tratada de forma grosseira, inclusive com a ameaça de que poderia perder sua bolsa. Quando questionou o tal "certificado que garante o pagamento" do curso pelo grupo UNIESP, por não ter legalidade, a mesma atendente lhe informou que em nenhum momento foi afirmado que o documento teria registro em cartório, porém no site da faculdade constava esta informação.

O caso de Claudia é similar ao de muitos estudantes com quem conversei. Muitos se sentem como ela: lesados. O sentimento de quem sofreu esta frustração no ato de sua rematrícula (houveram outros) é de que toda a sociedade brasileira acabou sendo lesada porque o referido dinheiro dos tais programas são oriundos dos impostos que todos nós pagamos. O grupo não deu demonstração de que o dinheiro teria sido utilizado para equipar as unidades para garantir uma melhor formação aos seus alunos. Formaram, sim, um dos maiores grupos educacionais do país, não um dos melhores! É claro que também existem os alunos que defendem a instituição. Fui interpelado docilmente por alguns! Contudo, os seus argumentos que me foram apresentados (não eram bem "seus", realmente), não se assemelham em nada a resposta para as exigências que o MEC impôs ao grupo. (Insisto! Leiam aqui!)

A faculdade SUESC, que atualmente é controlada pelo grupo paulista UNIESP, já figurou em outros embaraços como é o caso da CPI das Universidades Privadas. O seu diretor, José Paulo Teixeira de Azevedo (foto acima), foi chamado no início deste ano para prestar esclarecimentos quanto as várias denúncias que chegaram aos membros da CPI. Uma das denúncias, inclusive, diz respeito à venda da entidade para um grupo privado (!!!), o que não seria permitido, já que a faculdade seria uma entidade filantrópica. Outra grave denúncia diz respeito ao uso de um prédio público pela entidade, de forma irregular. Segundo informações levantadas pela CPI, o prédio onde funcionava a faculdade, até 2012, seria de propriedade do Tribunal de Contas do Estado. Durante todo o tempo que a SUESC teria ocupado o local, que fica na Praça da República, no Centro do Rio de Janeiro, nenhum valor teria sido pago aos cofres públicos a título de aluguel. A SUESC teve que sair do local no ano passado, por ordem judicial.

Na CPI, o diretor da faculdade informou apenas que não tinha conhecimento sobre o caso e, segundo o deputado Robson Leite (PT), gerou mais dúvidas do que esclarecimentos para a CPI: “Apesar de ser o diretor da faculdade desde 2011, o depoente afirma não ter conhecimento a respeito de quem era o dono do prédio onde se localizava a instituição. Como uma faculdade pode estar localizada em um prédio sem que o diretor saiba quem é o dono? A quem a instituição pagava aluguel? Quem pagava o IPTU do prédio?”, questionou o deputado. Alguns já me ofenderam afirmando que só escrevo contra a prática do grupo UNIESP (já falei que existem outros fazendo a mesma coisa!), porque sou contra a democratização do ensino proposta por (o divino, o altíssimo) Lula. Falso! Escrevo porque a prática é irregular! Outras universidades mantém corretamente o convênio com o programa FIES e não passam pelo "constrangimento" imposto pelo MEC!

Também já me acusaram de ser contra os pobres e o acesso ao ensino superior oferecido a eles! Pura cascata! Muitos (mas muitos mesmo!) que se beneficiam do privilégio tem escancaradas condições para pagar cursos privados sem precisar desse recurso. Mais uma grande prova de que o compromisso de alguns grupos não é mesmo com a democratização do ensino e sim com a ampliação de sua estrutura de maneira a permitir mais fiadores para o seu projeto particular de crescimento. O FIES tem regras claras! Não permite "adequações" individuais. Continuem me xingando uai!

4 comentários:

  1. Olá Nilson!
    A UNIESP é um descaso com a educação. Oras, veja pq:
    1- presenciei um processo seletivos invertido, primeiro fazia se a inscrição para as bolsas do governo e quem fosse aprovado fazia o vestibular;
    2-quando pagava, pq professores tinham atrasos de meses para receber, era ou é a instituição que menos pagava professor;
    3-muitos alunos analfabetos na faculdade;
    4-instalações piores que de muita fábrica de calçado; bichos, calor e barulhos eram comum;

    5-biblioteca itinerante; ela vai onde os avaliadores do meu vão;

    6-não é difícil encontrar na cidade prestadores de serviços que NÃO RECEBERAM PELOS SERVIÇOS PRESTADOS A UNIESP.

    Para terminar, houve uma CPI na instituição, que deu em pizza, a CPI foi presidida pelo nobre deputado estadual de birigui. O relatório encontra se na Internet. Vergonhoso!

    O mais estranho é que essa porcaria cresce mais que câncer. Desculpe, mas a culpa é dos alunos e professores que frequentam aquela instituição.

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  2. Completando o que falei anteriormente;
    Link do relatório da CPI

    http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/documentacao/cpi_ensino_superior_relatorio_final.pdf

    "Celso Napolitano, da FEPESP Ͳ Federação dos Professores do Estado de São Paulo, afirma que diversasinstituições, entre elas a UNIESP, não cumprem minimamente a legislação trabalhista, e ainda assim recebem auxílio financeiro público, do governo estadual, por meio da Bolsa Educação, na qual o Estado entra com metade do valor da mensalidade e a outra metade é paga mediante trabalho comunitário feito pelos alunos no final de semana"

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  3. Minha duvida e oque o Mec fara a respeito , pois o prazo de apresentar os documentos acabou , e todas as unidades da uniesp continuam funcionando normalmente , recebendo novos alunos e fazendo bolsas do fies

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  4. Me chamo Maria Clara da Silva, estudei na SUESC RJ de 2008 a 2011, cursei o curso de Ciências Contábeis.
    Não posso dizer se é culpa da Uniesp, mas a SUESC no RJ trata seus ex alunos como um monte de lixo, conclui o nível superior em Ciências Contábeis em 12/2011 e em12/2012 entrei com meu pedido do diploma e até hoje ninguém me dá uma resposta sobre o meu diploma só diz que não está pronto, então pedi o número do processo para que eu pudesse acompanhar o andamento e a resposta que obtive que ainda não haviam dado entrada no pedido e que estavam fazendo o melhor para atender os alunos, como assim entrei com o pedido em 12/2012 e hoje 10/2014 nem se quer deram entrada e como eu fico? Paguei todas as mensalidades, me dediquei aos estudos e eles cagam e andam para todos nós, infelizmente terei que entrar com uma ação contra a sua SUESC e a UNIESP para poder ter o meu diploma em mãos, lamentável a situação e muita falta de respeito conosco.

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