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O Ataque dos Vermes Malditos



Não... Não me refiro ao filme de 1990 dirigido por Ron Underwood. O título é para ilustrar os procedimentos da campanha eleitoral de 2016. Quando faço alusão aos vermes no contexto político quero tratar especificamente daquela categoria onde se concentram os parasitas. No Brasil há uma elite política (Sim! Existem "elites" no Brasil, mas são bem distantes daquela criticada pelos progressistas lunáticos), que, ou participou da construção do modelo eleitoral ao qual estamos presos ou soube adaptar-se muito bem as regras manipuladoras do jogo. Essa elite formada por intelectuais profissionais do poder se especializou na arte de manter as coisas como estão, permitindo aqui e ali pequenas ondulações que possam ser percebidas pela população afim de que possam também contar com esta para permanecer no poder.

Vamos imaginar, hipoteticamente, um médio município com menos de 120 mil habitantes. Não haverá mais do que 80 mil eleitores nesse município. Cerca de 229 pessoas decidirão participar do pleito concorrendo a vaga de vereador na Câmara Municipal. Absurdamente, no exemplo lançado aqui, sem a menor pretensão de comparar a outro real, nesse município existem 17 vagas apenas! Já expliquei sobre o Quociente Eleitoral, Voto Nulo e Quociente Partidário neste blog e não repetirei por uma questão de economia de espaço. No jogo de cartas marcadas que conhecemos como Sistema Eleitoral Brasileiro há alguns experts que já se consolidaram na ponta do processo. São, na maioria, deputados, ocupantes de cargos estratégicos e chefes de califados aos quais denominamos Partidos Políticos. Estes, magistralmente, definem como o jogo será jogado nos municípios. Não raro, escolhem a dedo quais poderão se candidatar ou não. Na realidade, os 17 do exemplo hipotético já foram escolhidos. Falta definir como eles serão eleitos!

Daqueles 229 indivíduos que decidiram entrar na disputa, vamos ponderar que 10% sejam realmente pessoas dotadas das qualidades necessárias para ocupar o cargo de vereador no município imaginário. Não se surpreendam! O número de pessoas honestas no país é bem superior a isto! Infelizmente, se possuem tais qualidades eles não são interessantes para os donos do jogo. Os objetivos de uma partido político, nesse contexto, são voltados para ocupação de espaço, aumento de verba partidária, hegemonia, perpetuação no poder. Ou seja, muito longe do que anseiam os eleitores! Mas, voltemos ao nosso exemplo hipotético. Nesse município hipotético ninguém é capaz de atingir o Quociente Eleitoral (assista ao vídeo onde explicamos o cálculo clicando no link), e os jogadores master optam por uma estratégia infalível para garantir que seus escolhidos sejam os ocupantes das cadeiras disponíveis: unem forças entre os partidos gananciosos que isoladamente não possuem capital eleitoral suficiente para conquistar os eleitores!

Nessa hipótese, surgiriam, então, umas oito coligações! Para sucesso dessa estratégia, muitos tolos, vadios com certa popularidade, psicopatas proxenetas e até alguns bem intencionados são recrutados aos baldes por aqueles que foram escolhidos para "vencer". Cada um desses recrutas possui uma missão muito simples: conquistar alguns votinhos para sua legenda, ainda que inexpressivos. Somados, no final, servirão para garantir a eleição dos preferiti. O que acontece, então, com aqueles 10% de candidatos adequados às vagas? Podem até conquistar mais votos do que os "preferidos" pelos mestres do jogo, mas não serão eleitos! Desse modo, esse hipotético município permanecerá medíocre e com seu desenvolvimento comprometido por uma classe desprezível de pessoas... Fim da Fantasia!

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