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Degolem o Rei, mas mantenham as Instituições!

A Revolução dos Etílicos - Blog do Asno
Então... O prédio do Ministério da Agricultura se tornou a Bastilha para os insurgentes das centrais sindicais e movimentos sociais de uma suposta esquerda brasileira? Conte-me mais! Quando os maestros intelectuais do país se resumem a palestrantes motivacionais e professores com livre docência, mas sem bom senso, o que resta é isso! Uma turba de debatedores de boteco que impunha paus, pedras e caipirinha em chamas. Como a verdadeira crise no país é de liderança, as pessoas recorrem aos instintos selvagens para fazer prevalecer seu ponto de vista. Há outra crise paralela e muita semelhante a primeira. É a ausência de autocrítica!

Convite para que se utilize a foto acima para realizar o Jogo dos Sete Erros! O que o primata faz de errado nessa imagem? Desiste? Então vamos a lista:

Primeiro Erro
Alguém convenceu a esta anta que o que está acontecendo no país não é culpa dele. Para ele, seu alvo trata-se de um governo ilegítimo e que as instituições devem se submeter a vontade geral, neste caso, dele. Está errado! O problema não está nas instituições consagradas em nossa democracia e que nos conduziram a este estado de coisas. O problema está nas escolhas que fazemos. Falta reflexão sobre o que decidimos, porque decidimos e como decidimos. A solução não virá sob as graças de um salvador qualquer. Aqui ainda não é a Venezuela!

Segundo Erro
O abestado pensa que lavou sua alma e que o mantra "golpe" foi, enfim, desmascarado e que a pressão popular irá equilibrar o jogo produzindo o impeachment do vice "golpista". Está errado! A Constituição prevê circunstâncias para substituição do presidente por qualquer que seja a razão. Culpa nenhuma recai sobre a lei que substitui um verme por um bigato. Leis não escolhem nem vermes nem bigatos para conduzir um país. Quem faz isso é um estrume de ameba chamado eleitor. A solução só ocorrerá quando o eleitorado brasileiro realmente se der conta da importância de sua participação política nas decisões do país. Quando os debates realmente florecerem e quando as reformas que são realmente importantes para o povo partirem desse povo é que retomaremos o rumo do desenvolvimento dessa nação.

Terceiro Erro
Ainda pensando na possibilidade do impeachment, esta lesma acredita que seu salvador será reconduzido ao trono. Está errado! Um processo de impeachment não termina rápido, depende de muitas variáveis e fatalmente pode conduzir outro ainda pior no lugar do deposto, considerando a massa de bandidos que escolhemos para nos representar. Apostar no retorno de uma liderança medíocre que após treze anos de influência no governo não pode impedir que o país recuasse a sua miséria é a demonstração mais clara de que ainda estaremos a mercê de aves de rapina pelos próximos trinta anos.

Quarto Erro
Este imbecil foi convencido por intelectuais de banheiro público de que nos resta apenas a desobediência sistemática a todas as ações governamentais até que o "governo" caia e que não devemos nos submeter a leis que consideramos inaceitáveis. Está errado! Não são as leis que devem ser desobedecidas ou adaptadas a nosso gosto em um momento como esse. É o comportamento de quem elege seus representantes que legislam em causa própria que precisa mudar. Estamos presos a um ciclo de estupidez e não estaremos livres enquanto não compreendermos a importância da política em nossas vidas compartilhadas.

Quinto Erro
Essa aberração humanoide acredita, por influência de certos pensadores, que o povo não é prisioneiro dos erros do passado, mas sua vontade é sempre atual e soberana. Ele pode desfazer as leis que ele mesmo fez e destituir instituições que se mostram corrompidas. Está errado! Quem escolhe errado colhe sempre as consequências de suas escolhas. Não adianta querer mudar as regras com o jogo ainda em andamento. Não há nada de errado com as instituições. Não há nada de errado com a Constituição brasileira que permite até sua evolução contínua. O que está podre é o modelo de pensamento de botequim e salão de beleza que ainda prevalece em nossa sociedade. Para muitas pessoas, estes são os únicos recintos apropriados para discutir a vida em sociedade.

Sexto Erro
Este prejudicado mentalmente acredita que o único passo na direção correta seria a convocação extraordinária de eleições gerais, com a possibilidade de apresentação de candidaturas independentes, para que aqueles que não se sentem mais representados por partidos possam também ter presença política. Está errado! Eleições diretas não acontecerão nem por despacho em encruzilhada. Isto é apenas poeira de vidro lançada sobre os olhares incautos. É falatório com um só objetivo: manter o caos e impedir que algum abençoado consiga parir alguma solução e termine com a crise prejudicando com isso o progresso de seus projetos eleitorais. Serão meses perdidos, bravatas cuspidas ao microfone e nenhuma solução definitiva.

Sétimo Erro
O palerma foi convencido de que cabe a ele esclarecer aos outros tolos de que não há outra coisa a fazer além de convocar uma assembleia constituinte extraordinária para reeditar nossa "realidade". Está errado! Logo que se aceite tal direção, o povo será afastado por representações questionáveis que irão sobrepor seus interesses sobre os demais novamente. Não há garantia alguma de que uma nova constituinte seria melhor editada que a anterior. Nem as Propostas de Emendas Constitucionais que já são previstas na lei maior oferecem essas garantias. Romper com aquilo que levamos décadas para aprimorar é perigoso demais por que estamos decidindo com o estômago vazio e não avaliamos os anos vindouros.

Para concluir, o maior erro de todos não está na foto. Está na atitude de todos nós que olhamos para a imagem indignados, mas seguimos inertes sem debater a sociedade que queremos. Não é de esquerda ou de direita que necessitamos e sim de um rumo decidido em harmonia. Não são as ideias desse ou daquele grupo que devem prevalecer e sim a harmonia civil. Haverá aquele que não quer viver em uma sociedade comunista tanto quanto aquele que não deseja conviver em um país capitalista, mas numa coisa todos concordariam: há uma sociedade ideal onde todos convivem respeitando o espaço do outro como se nosso fosse. Todo o resto deveria ser a discussão de como nossos tributos seriam aplicados para manter essa harmonia. Por fim, a culpa não é da classe política. A culpa recai sobre aqueles que odeiam a política sem saber que todos somos políticos, salvo aqueles que escolhem viver fora da sociedade.

Um comentário:

  1. Asahel Vieira Cottas28 maio, 2017 10:48

    Se você é um asno, eu sou um burrus. Somos dois quadrúpedes, mas quem vai sair escoiceando por aí são os destinatários do jogo dos sete erros, essa esquerda que é louca por wisky 18 anos e por armar arruaceiros para provocar atos de vandalismos, como os ocorridos em Brasília. Essa mesma esquerda que pediu à PMDF que não vistoriasse os ônibus da caravana mandada à capital federal.

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