É com muito orgulho que compartilho a notícia que li na coluna do Reinaldo Azevedo! Finalmente uma luz verdadeira entre tantos pirilampos que existem em nosso macunaímico universo acadêmico brasileiro. O carioca Artur Avila, pesquisador do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), do Rio de Janeiro, vai receber a Medalha Fields, considerada o “Nobel de Matemática”. O anúncio foi feito na abertura do 27º Congresso Internacional de Matemáticos, em Seul, na tarde desta terça-feira. O prêmio é concedido a cada quatro anos pela União Internacional de Matemática a estudiosos com menos de 40 anos de idade que tenham alcançado resultados inéditos e revolucionários na área. É a primeira vez que um matemático latino-americano recebe a honraria.
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"Avila, de 35 anos, é considerado um prodígio desde a adolescência. Antes mesmo de se formar na faculdade de matemática, em 2001, foi convidado a atuar como pesquisador do Impa, instituto supervisionado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, onde hoje ocupa a Cátedra Armínio Fraga. Dois anos depois, Avila recebeu convite para dirigir o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), em Paris — ele se naturalizou francês e realiza parte das pesquisas na França. Nos últimos dez anos, o prestígio de Avila no meio acadêmico vem crescendo apoiado em estudos que buscam entender os sistemas dinâmicos, cujo estado evolui com o passar do tempo por influência de diversos fatores. A teoria desse ramo da matemática é utilizada para construir previsões em áreas tão distintas como física, biologia e economia".
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Avila também ficou conhecido entre os estudiosos por conseguir provar, em 2005, a “Conjectura dos dez martínis”, problema proposto em 1980 pelo americano Barry Simon — que prometeu pagar dez copos da bebida a quem explicasse sua teoria sobre o comportamento dos “operadores de Schrödinger”, ferramentas matemáticas ligadas à física quântica. Junto com a pesquisadora Svetlana Jitomirskaya, Avila solucionou o problema e, de fato, foi premiado com algumas rodadas de martíni. Desde 2010, há uma expectativa de que o brasileiro seja premiado com a Medalha Fields. Naquele ano, ele se apresentou na 27ª edição do Congresso Internacional de Matemáticos, realizado na Índia — uma honraria destinada a poucos. Desde a primeira edição do congresso, apenas nove brasileiros haviam sido convidados para palestrar no evento. Na edição deste ano, além de Avila, mais quatro brasileiros participam do congresso, entre eles o matemático Fernando Codá, que também era cotado para receber a medalha".
Encerro...
Já havia sentido o mesmo orgulho quando pesquisadoras brasileiras superaram outros cientistas no campo da genética. Muitas vezes isso ocorre, mas sem o devido destaque como se no Brasil significante mesmo fossem apenas os resultados de nossos jogadores exportados para o exterior. Me angustia saber que nossas maiores estrelas no campo das ciências e da matemática só consigam realizar seus prodígios em países da Europa ou América do Norte. É triste que estes exemplos não sejam explorados à exaustão em salas de aula. Minhas mais sinceras e orgulhosas congratulações ao nosso carioca Artur Avila e meu mais profundo agradecimento por sua conquista elevar um pouco o valor de conhecimento de nossa nação.
Bom pra ele. Tudo continua ruim nas escolas, onde mais de 90% dos alunos não entende, e por consequência, não gosta de matemática. Mesmo porque a maioria dos professores dessa ciência não dedica o tempo que deveria pra ensinar, não tem dom, nem interesse.
ResponderExcluirTraduzindo, a culpa é sempre do professor. Eis um jumento comentando no blog do jegue
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