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Eu sou um reacionário nojento... segundo usuário do Facebook!

Maioridade Penal - Um Asno
Legal, meus leitores (e aqueles que só acessam meu blog pra me ofender), sabem que estou afastado da internet por conta de minhas atividades, mesmo porque não posso atrasar meus compromissos apenas pelo simples prazer de ser insultado na rede, né mesmo! Tenho dificuldades de me atualizar quanto ao que ocorre no Facebook, mas sempre leio o que se passa nos principais jornais e revistas e, de quebra leio o que escrevem alguns pilantras financiados pelo estado também. Hoje, numa rara ocasião em que me detive a ver alguns compartilhamentos de amigos e afins, vi uma imagem que dizia exatamente o que se segue: "Você apóia? Ao menos quatro entre cinco brasileiros concordam com a redução da maioridade penal para 16 anos, porque então ainda estamos reféns desses marginais precoces? Queremos a mudança dessa lei ultrapassada!". Compartilhei!!!! Inesperadamente, um bem intencionado estudante de psicologia (obviamente, uma universidade federal), me chamou a atenção com a seguinte frase: "Você é um reaça nogento!".

Não me surpreendeu o justo 'elogio' partindo desse jovem, nem mesmo pelo emprego de uma palavra tão reacionária! É como anda a formação de nossos intelectuais atualmente. São mais dados às ofensas e citações de "pensadores" sem construírem, sequer, para si, seu próprio pensamento. Aliás, reacionário é aquele que se opõe aos revolucionários e progressistas. Na atual conjuntura, para este odiado escriba, se ser reacionário é ser contra os pseudo progressistas contemporâneos e contra os revolucionários de bandeiras vermelhas, sou mais do que um "reaça", meu jovem! Me declaro publicamente e de cara limpa contra tudo que discordo e aplaudo da mesma forma o que aprovo. Ser progressista, ao que me parece, do ponto de vista desse rapaz, é estar mais envolvido com o ser contra a democracia e contra a liberdade de pensamento e expressão. Ele tem todo o direito de não concordar com meu compartilhamento, bem como todos que acreditam que estamos no melhor dos mundos e que nossas crianças nascem boas e que são corrompidas pelas "correntes do mal" de nosso tempo.

A questão da redução da maioridade penal merece um debate franco e desprovido de bandeiras ou de intelectualismos distantes de nossa realidade atual. Estamos avaliando fatores bioquímicos e psicológicos e deixando de avaliar as consequências de, olhem só, não sermos progressistas ou revolucionários e mudarmos a ótica de como enfrentar este problema. Com isso apenas garantimos que os exploradores de menores continuem a explorá-los e que continuaremos gastando tempo e dinheiro em medidas inúteis baseados na velha escola de que é apenas o estado deixar de ser omisso no tratamento com as questões sociais.

Já vi como funcionam as tentativas de ONGs, CREAs, os esforços individuais de grupos, os programas cada vez mais vorazes por verbas, etc. O problema só se agrava e a sociedade só sabe cobrar mais atitude do estado. Não meus amigos! Esta não é uma responsabilidade apenas do estado, muito menos é correto tratar os jovens de agora como os jovens, tapados, de minha época ou da anterior. Éramos muito menos daninhos ao meio e tínhamos uma ideia de mundo muito menos apaixonada pela cultura do delito pelo mero prazer da transgressão. Obviamente haviam exceções! Não dá para pregar a solução da criminalidade através apenas da educação. Sobretudo quando temos graduados em psicologia rotulando de maneira infeliz, pessoas com opiniões contraditórias. Não estamos falando de indivíduos sem consciência da gravidade do ato que praticam.

Trata-se de uma vigarice intelectual e moral estabelecer a inimputabilidade penal aos menores de 18 anos. É a mesma coisa que declarar um “pratique-se o crime” para os bandidos abaixo dessa idade. Um bandido nessa faixa etária, ora vejam, pode votar! Pode eleger presidente da República. E também pode apontar um arma para a nossa cabeça e encarar as câmeras com a cara limpa, pois tem a certeza de que nada vai lhe acontecer.
Então eu sou reacionário! Então vamos rever o limite da inimputabilidade em alguns dos países mais “reacionários” do planeta:
Sem idade mínima: Luxemburgo
7 anos: Austrália e Irlanda
10 anos: Nova Zelândia e Grã-Bretanha
12 anos: Canadá, Espanha, Israel e Holanda
14 anos: Alemanha e Japão
15 anos: Finlândia, Suécia e Dinamarca
16 anos: Bélgica, Chile e Portugal

A Inglaterra julgou e condenou Jon Venables e Robert Thompson, os dois monstros de 11 anos que, em 1993, sequestraram num shopping o bebê James Bulger, de 2. A vítima foi amarrada à linha do trem, depois de espancada e atingida por tijoladas. Os dois confessaram que queriam saber como era ver o corpo explodir quando o trem passasse por cima. Vejam que no caso da Inglaterra, os nomes e as fotos dos "delinquentes" correram mundo afora, no Brasil, nosso impecável Estatuto do Adolescente não permite. Por alguma razão, os que acabam se especializando nos tais “direitos humanos”, os que se dizem progressistas ou revolucionários, parecem mais atraídos pelos direitos de desumanos ou de inumanos. Pais que entregam seu filhos "menores infratores" são demonizados pela imprensa e por esses heróis dos direitos humanos.
Quando estamos na mira de um desses bandidos (delinquente beira a eufemismo para criminosos menores de idade), não vemos um jovem vivaz e ansioso por descobrir o mundo, não vemos a luz da curiosidade brilhar em seus olhos, não vemos o desejo de tornar seu potencial em uma contribuição para a sociedade, nem vemos uma amante da boa arte, da culinária, da música erudita, ou da cortesia e generosidade. Vemos um monstro que não vacila, não treme, não recua nem diante dos piores castigos, hurra, rosna, e baba como monstros que nem os mais imaginativos teratólogos são capazes de idealizar. Anseiam por se tornar evidentes, e, usando a mesma citação de Hobbes que o menino que me chamou de "reaça" me enviou: "...têm a concepção vaidosa de si mesmos" e querem construir seu próprio Mito do Herói. Estamos desatualizados, tanto quanto a lei que os progressistas não querem ver aprovada, nossa juventude mudou (a lei ainda não). Nossa juventude, ainda que sábia, não possui as mesmas ilusões que outrora. Éramos progressistas em nosso tempo, agora somos "reaça". Espero que não sejamos guilhotinados por esses jovens avant gard no futuro.

3 comentários:

  1. A hipocrisia impera nos discursos de tolos. Quando essa pessoa tiver algum ente querido muito proximo morto, violentado, etc..por um menor de idade , ae pergunte pra ele se ele continuará com essa mesma opinião, concordando que o menor sairá daqui pouco tempo da prisão para matar outros. Então, só resta a hipocrisia tosca . Discurso é uma coisa, na bunda deles é outra.

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  2. Quantos presos existem no Brasil? Pesquisem não é difícil. O número assusta não é, isso ainda não é maior porque simplesmente muitos são soltos, outros sequer são presos devido à impunidade, porém existem também muitos que já cumpriram a pena e continuam presos e os supostos inocentes (não dúvido).
    Não que investir no sistema carcerário não seja importante, mas é mais importante investir em educação.
    O que adianta ter a classificação de país mais ou menos rico do mundo se temos salários e investimentos em educação inferiores aos de países que passam por graves problemas como escassez de água e alimentos.
    Sou professor há um tempo e tive o prazer de lecionar com pessoas que foram meus professores e pra minha surpresa após mais de 20 anos lecionando ganhavam praticamente o mesmo.
    Lecionei também em escolas que fui aluno e pra minha surpresa coisas que estavam quebradas antes de eu ser aluno daquela escola muitos anos depois os quais lecionei lá continuavam quebradas, a maioria das escolas estaduais estão em condições lastimáveis.
    Alunos muitas vezes chegam às faculdades sem nem saber escrever corretamente.
    É bem comum sitarem dizeres de escritores sem nunca sequer terem pegado o livro nas mãos, eu ia dizer papagaios, mas seria injusto, são como aquelas fitas cassetes (lembram?), bom na verdade seria melhor chamá-los de Ctrl+C e Ctrl+V.
    Boa tarde e boa semana a todos.

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  3. Não sei quem é pior: O psicólogo pogreçista que te xinga muito (mas não no Twitter) ou esses sofativistas que acham que compartilhar imagens (como essa) serve para alguma coisa.

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