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Marco Civil, Raquel Sheherazade, Letícia Spiller, Amarildo, PSol e PCdoB

Letícia Spiller - Um Asno
Dá pra escrever muito sobre tudo o que vai no título, mas quer ver o que acontece se amarrar tudo? Vou mostrar como tudo se conecta, infelizmente. Espia só! A jornalista Raquel Sheherazade fez o seguinte comentário:
"O marginalzinho amarrado ao poste era tão inocente que, ao invés de prestar queixa contra seus agressores, preferiu fugir antes que ele mesmo acabasse preso. É que a ficha do sujeito está mais suja do que pau de galinheiro...". "...No país que ostenta incríveis 26 assassinatos a cada 100 mil habitantes, que arquiva mais de 80% de inquéritos de homicídio e sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível. O Estado é omisso, a polícia é desmoralizada, a Justiça é falha. O que resta ao cidadão de bem que, ainda por cima, foi desarmado? Se defender, é claro...". "...O contra-ataque aos bandidos é o que chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite. E, aos defensores dos Direitos Humanos, que se apiedaram do marginalzinho preso ao poste, eu lanço uma campanha: faça um favor ao Brasil, adote um bandido".
Já escrevi aqui que isso não tem absolutamente nada de apologia a violência, mas dois políticos com intenções escrotas (não tenho outro adjetivo mais apropriado), a deputada federal do PCdoB, Jandira Feghali e o líder do PSol na Câmara dos Deputados, Ivan Valente (SP), decidiram entrar com ação contra o SBT e a jornalista por causa de seu comentário. Jandira chegou a dizer o seguinte: "Não se pode confundir liberdade de expressão com incitação ao crime. A gente luta pela liberdade de expressão há décadas! A jornalista fez clara menção contra os direitos humanos, propagando uma mensagem de ódio e intolerância, incitando-os na sociedade. E isso tudo com recursos públicos". Ivan foi mais valente: "Defendo total liberdade de imprensa, mas não a liberdade para mandar torturar, matar, assassinar e fazer justiça com as próprias mãos". A ironia maior não está nas palavras da jornalista, está é na afirmação de que esses patriotas são defensores da liberdade de expressão!

Estes dois partidinhos de merda (também não tenho outro adjetivo que melhor substitua a palavra), o PSol e o PCdoB, são especialistas em reivindicar a posse da defesa dos direitos humanos, mas vivem é de braços dados com a luta pela impunidade e têm juntos uma biografia de dar inveja a qualquer ditador que sonhe com a sedução das massas. Nunca estiveram, de fato, comprometidos com a democracia. O que sempre cultivaram foi um fetiche pela ditadura cubana instalada no Brasil. Quando pessoas, aparentemente, bem intencionadas resolvem tratar delinquente como vítima da sociedade, como se não fosse capaz de distinguir entre o certo e o errado, como se a pobreza fosse uma justificativa para o crime, elas estão na realidade incentivando o crime! Representantes desses partidinhos (novamente) de merda, são gente muito valiosa para o país que quando encontra uma oportunidade como o sumiço do pedreiro Amarildo, logo vislumbram uma ideia genial: Somos todos Amarildo! Realizaram uma campanha solidária para ajudar a família do pedreiro, arrecadam R$ 310 mil com ajuda de artistas descolados que ganham muito dinheiro, mas são anticapitalistas, e do total destinam apenas 20% pra família e ficaram com o restante por que, afinal, eles tem outras causas justas para defender também! É assim que agem aqueles que defendem os tais Direitos Humanos?

Nunca entendi muito bem esse negócio discriminatório de alguns humanos terem mais direitos sobre os outros! A atriz Letícia Spiller, também uma das defensoras dos frascos e dos comprimidos, recentemente teve um encontro indesejável com essas vítimas inocentes da sociedade. Já a vi muitas vezes defendendo estes pobres excluídos, mas infelizmente eles pareciam ignorar sua posição humanista. Bandidos armados invadiram sua casa oprimindo-a. Muita calma agora Letícia, afinal eles também são vítimas! Não é de hoje que essa gente descolada de sorriso perfeito na tela da televisão escova os dentes dos predadores por que o discurso é muito legal e pega. Mas, a realidade de estar na boca de um berro é fogo mesmo! Eu já experimentei...

Agora... Como tudo isso se liga ao tal do Marco Civil da Internet? Minino... Já assisti e li tudo quanto foi debate sobre o assunto. Vi quase todos os vídeos do ativista Sérgio Amadeu do CGI.br (Comitê Gestor da Internet do Brasil) e é claro que se eu fosse avaliar apenas pelo discurso dele seria o mais entusiasmado defensor do tal projeto. A ideia nasceu legal e até parecia mais sofisticada que a estrovenga da proposta do ex-Senador Eduardo Azeredo (PSDB), mas há muita falácia na verdadeira intenção dos militantes que defendem a tal regulamentação. Na superfície aparece o que todos queremos: os direitos humanos e o exercício da cidadania em meios digitais; a pluralidade e a diversidade; a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamentoproteção da privacidade; proteção aos dados pessoais, e etc! Mas... Há incoerências!

O deputado petista, Alessandro Molon, apresentou um texto substitutivo para ser aprovado nesta semana, mas a votação foi adiada a pedido do governo que temia uma derrota. Texto legal, mas assim como no caso da jornalista Raquel Sheherazade, temos que tomar cuidado com o sentido das palavras, por que no rodapé deitam-se algumas armadilhas! Em primeiro lugar, toda regulamentação pressupõe controle de alguma coisa. Até aí, sem problemas, gostamos das coisas organizadas mesmo! Mas controle de quem? Porque? Como será feito? Segundo critérios de quem? É uma pegadinha, por que se for gente como a galera do PSol e do PCdoB, tamo ferrado! No texto de Molon temos o seguinte:
Art.º 2A disciplina do uso da Internet no Brasil tem como fundamentos:VI A finalidade social da rede.
Fudeu! Definir uma finalidade já é uma incoerência contra tudo o que se propõe no restante. Quem disse que a internet precisa atender a algum fim específico? Sobretudo, social, ! A finalidade da internet tem que ser a minha! A do usuário, cacete! Quer postar vídeo de cocô emocionando criança e quadradinho de quatro, que seja! Se a internet tiver que atender uma "finalidade social", não vai demorar para um grupo reivindicar também essa autoridade e decidir o que é e o que não é "social" na internet. Ah! Mas não tem problema, por que quem está no poder é o PT e eles são bacanas! Poderia até ser, mas nenhum grupo é eterno no poder. Amanhã vai ter gente dizendo que meu blog, por exemplo, é antissocial (pior que é...) e aí eu fora da rede e perco minha terapia pessoal. Meu psiquiatra disse que não posso ficar sem meu diário virtual, senão surto! Isso é o mesmo que ditadura na rede. Não há nada de democrático no que estes baluartes do pensamento contemporâneo chamam de finalidade social. Parece fetiche, meu! Tudo que esse povo escreve tem que terminar com esse negócio de "social". Igualzinho aos projetos inócuos que são aprovados para receber financiamentos do BNDES só por que colocam que a finalidade é "sustentável".

Ainda no texto da PL 2.126/11, temos:
Art. 4ºA disciplina do uso da Internet no Brasil tem os seguintes objetivos:I - promover o direito de acesso à Internet a todos os cidadãos;
Que arrogância é essa? Promover! Primeiro que acesso a internet não é um direito promovido pelo estado. As Lan Houses fizeram isso com muito mais eficiência do que o governo. Aliás, elas também foram muito mais eficazes que qualquer política "social" no que diz respeito a internet. Além do mais, se o estado quer transformar em um direito, alguém terá de se sacrificar para que ele seja garantido. Quem, cara pálida? O estado é que não será! O texto, na íntegra, possui muitas coisas bacanas e uma leitura superficial nos colocará de pé exigindo sua aprovação, mas a coisa é muito menos "simplista" que parece. Nós já temos uma legislação muito avançada em vários sentidos e é por isso que Sheherazade está sendo processada. Agora imagina se entra em vigor algumas "garantias" que são incluídas no texto. Raquel irá se defender em juízo (e provavelmente vencerá), mas com o Marco Civil em vigor, seus comentários seriam removidos instantaneamente da rede até que, UM DIA, conseguisse provar na justiça que não cometeu crime algum.

Meu... Para garantir segurança na rede não seria necessário que isso fosse incluído em uma lei. Quer que o usuário se sinta seguro com seus dados? Ensina ele a usar o Faciobuquio, o Google e os aplicativos de chat da maneira correta. Ah, mas com a regulamentação o consumidor fica assegurado... Nem de longe! O usuário já é estuprado pelas teles, bancos e outras companhias desde sempre e isso tudo com agências reguladoras para cada setor. Há também legislação específica e isso não garante nada a ninguém. E quanto a espionagem? Fala sério... É muita ingenuidade acreditar que uma lei terá algum peso para a espionagem que já é algo subterrâneo a leis. Não precisa ser especialista pra saber que se o governo desejar se proteger há formas muito mais seguras e eficazes que estas (mais baratas também e não oneram os fornecedores de serviços)

Enfim, chegamos a famosa Neutralidade da Rede! É uma tese bunitinha, mas ordinária! Não faz o menor sentido tratar tudo no tráfego da rede como uma coisa só. Até nós usuários temos que priorizar o uso dos serviços, conforme a disponibilidade de tempo e tecnologia. Obrigar isso é onerar o serviço com custos desnecessários. Os discursos que vemos na televisão, no Intube e nos mais variados veículos de informação, pregam uma isonomia na rede e tratam as operadoras como capitalistas sanguinárias e algozes dos usuários. As empresas só pensam em ganhar dinheiro, puxa vida! Lógico! Gozar com o pau dos outros é bom, né... Porque não mencionam as partes do projeto que oneram aos fornecedores e que fatalmente os obrigaria a repassar esses custos?

Bem... Eu acho mesmo que nossa internet é uma bosta, que o serviço prestado é precário, que a velocidade é vergonhosa frente aos valores e desempenhos conseguidos em outros países, mas achei que era nisso que nosso governo teria que se focar e não na loucura por controlar as atividades dos usuários na rede. Ah, é... Ia me esquecendo. Introduziram na PL também que os servidores fossem nacionalizados. Isso gera custos, afasta a concorrência e nos coloca mais ainda à mercê das companhias predadoras e das agências reguladoras que nunca beneficiam os usuários. Se o governo estivesse interessado em melhorar os serviços de internet no país, liberaria a concorrência de maneira que isso forçasse a oferta de pacotes mais baratos e com velocidade melhor.

O projeto de lei tem seus pontos positivos e nasceu da sugestão de usuários, mas precisa mesmo de uma discussão mais séria e técnica. O melhor que já ouvi do governo sobre acesso a banda larga foi a exagerada, ultra, mega, blaster, plus, velocidade de 1 megabit por segundo. Quem entende um pouco saberá que estou sendo irônico por que isso nada tem de "banda larga". Usuário é muito bom pra dar palpite, mas não faz a mínima ideia de como os dados trafegam na rede. Para encerrar o assunto do Marco Civil, eu acho mesmo que ainda precisa de melhorias no texto. Porém, da minha parte, o que eu, como usuário, quero mesmo é um serviço mais adequado ao preço que pago e a garantia de que meu contrato com meu provedor me dê, ao menos, 80% do que me é prometido. Já que a ANATEL permite que eles me ferrem garantindo apenas 20%, fico pensando com meus botões: fosse eu a entregar 20% do meu serviço a um empregador, qual seria sua reação?

Agora pra encerrar de fato e retornando aos representantes do PSol e do PCdoB! Temo quando qualquer pessoa "bem intencionada" resolve me defender e me proteger contra o que eles acham que fogem as regras do que eles definem como "sociais". Eles gostam de pensar que são como lanternas para nós confusos abestados na escuridão. Não podem aceitar que alguns podem até preferir estar na escuridão a ter de viver segundo suas luzes. Os vermelhos gostam muito de frases e chavões de efeito, mas vou explicar uma coisa sobre opinião pública e opinião publicada. Opinião publicada também é opinião pública, pôrra! Querem saber como se faz apologia a violência? Vou ensinar da maneira mais correta, mas para isso vou pegar emprestado o comentário do também jornalista do SBT, Luis Carlos Prates. A parte que deve interessar aos vermelhos aparece aos dois minutos e quarenta e oito segundos. Segue o vídeo:

2 comentários:

  1. E inclua-se também. Um idiota que não tem mais o que fazer a não ser copiar e colar textos do lero-lero generator.

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