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Carnaval e suas evitáveis consequências. Aborto, por exemplo!

Ludmylla de Souza Valverde - Blog do Asno

As pessoas costumam associar o Carnaval com alegria. Acredito que isso não seja a realidade para todos. Uma nutricionista, Ludmylla de Souza Valverde, 27 anos, foi agredida com um copo durante o carnaval de Salvador após 'dar um fora' em um folião neste domingo. Sinceramente isso não me surpreende. Afinal, muitos outros casos ainda serão registrados até o fim dessa festa. Não somos civilizados ainda! Neste momento, eu devo ser uma das poucas pessoas que passam todo o período do Carnaval sem por os pés pra fora de casa. Não que isso seja uma coisa boa em si. Apenas estou fazendo melhor uso do meu tempo lendo, escrevendo e, eventualmente, assistindo alguns vídeos que valem a pena no Youtube. Estava relutando em registrar alguma coisa sobre esse evento por que é impossível não associá-lo a um outros assuntos muito mais espinhosos, tais como a violência e... O Aborto.

Foi no canal Fique Ligado no Youtube que ouvi um argumento sobre o aborto muito parecido com meu ponto de vista e decidi registrá-lo fazendo um paralelo com o que penso sobre o Carnaval. Como homem, me considero desqualificado para condenar ou promover ideias sobre o aborto. Senão, na condição de pai, acho que essa autoridade é toda da mulher. Por isso prefiro mais ouvir as opiniões como a da jovem que apresenta os vídeos do referido canal do que eu mesmo deliberar sobre o assunto. Porém, como eu disse, a guria tocou em um ponto que acho fundamental para o caso e aproveito para incluir minha opinião sobre o gosto brasileiro pela folia pagã. O foco principal deste teto é a associação que faço do aborto com o Carnaval, mas não poderia deixar de considerar outras faces desta festa como a que produz fotos como a que segue acima. Obviamente a foto não ficará fora de contexto, pois considero o aborto também como uma violência.

Começo por tratar da festa que paralisa o país por quatro dias (em algumas regiões mais!), sendo que a semana toda fica comprometida. Sempre considerei o Carnaval nocivo a economia do país por que o que se lucra com o turismo vai para o ralo inevitavelmente com as consequências dessa festa. Não é por acaso que a maioria tem a sensação de que o ano realmente só se inicia para nós após esta festa. É um dos períodos onde o número de acidentes aumenta consideravelmente nas estradas. Há um franco patrocínio de práticas não saudáveis que a cada ano se tornam mais ousadas. O turismo é visto como positivo, porém, basta uma pesquisa livre no Google para descobrir que a palavra mais pesquisada quando o assunto é Brasil é "Prostituta". Ou seja, contribui pacas para a visão horrível que já existe a nosso respeito. Pessoas fazem sexo a céu aberto como se o período favorecesse um alívio na moral e o inaceitável se tornasse tolerável. A mulher, já muito desrespeitada em diversas situações, torna-se ainda mais vulnerável durante a festa e haja campanha contra o assédio!

É uma festa muito útil para desviar a atenção pública de problemas mais sérios no país como se vê atualmente. Estamos indo para o ralo e todos se esquecem, pois, querem mesmo é cair na folia. A meu ver, pior que tudo isso é o fato de que o dinheiro que falta a nossa educação, saúde e segurança é fartamente distribuído a muitas escolas de samba onde algumas, inclusive, servem como fachada para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e do jogo do bicho. O Carnaval ainda carrega outras consequências daninhas como brigas, relacionamentos rompidos, proliferação de doenças venéreas, abuso no consumo de drogas (como se já não fosse abusivo apenas consumir), depredação das ruas, estupros, gravidez indesejada e... o polêmico Aborto! É nesse ponto que, reitero, a autoridade pertence mesmo a mulher, mas, se eu tivesse de "votar", apoiaria o raciocínio do vídeo. E... Porque?

Por que considero que para cada ação devemos ser corretos em cumprir com suas derivadas consequências. E só isso bastaria! Ninguém está obrigado a escolher isto ou aquilo, mas ao se fazer uma escolha, estando maduro ou não, submeta-se ao dever de pagar o preço. Não concordo com o argumento vesgo que algumas especialistas costumam pregar em suas entrevistas de que todos os anos milhares de mulheres morrem em clínicas irregulares em razão de abortos clandestinos por que não há uma legislação que torne o ato lícito. Bobagem! A causa de muitas mortes em clínicas clandestinas de aborto não está na falta de legitimação do aborto e sim na irresponsabilidade das pessoas quanto ao sexo. Tive minha cota de experiência na periferia de São Paulo e Guarulhos e sei muito bem o que uma descriminalização do aborto causaria no país. Muito mais sensato seria investir esse dinheiro em educação e preparo psicológico das meninas dessas regiões, sobretudo. A legislação como está  já encerra muitos casos reivindicados pelos defensores do aborto.

Existem, sim, monstruosidades em que eu mesmo não poderia me posicionar contra o aborto como naquele caso de uma menina de nove anos que foi engravidada pelo próprio pai e, tanto a sua vida como a do feto estavam comprometidas. Mas, o meu receio maior é que descriminalizando o aborto, abre-se uma comporta enorme para o sexo irresponsável e sem consequência. Antes, aprender a usar o corpo com responsabilidade, do que brigar pelo direito de "não tê-lo invadido". Tudo nos é lícito e permitido, mas para cada escolha existem consequências e com elas estamos comprometidos. Ninguém é obrigado a cometer contra si mesmo nenhuma barbaridade, porém, quando a comete deve-se, ao menos, corresponder a grandeza de cumprir seu papel humano, antes de tudo. Parabéns a guria que, de maneira carregada de sentido, expôs sua opinião no vídeo.

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