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Significado da palavra "Idiota"

Debi & Loyde - Blog do Asno
Atualmente a palavra Idiota vem sendo empregada de forma depreciativa para caracterizar uma pessoa ignorante, simples ou sem educação. Também aparece ofensivamente no sentido de tolo, pateta, leigo, imbecil, desprovido de inteligência e de bom senso, etc. Na Psiquiatria, o idiota é aquele que sofre de "idiotia", que é o diagnóstico atribuído ao indivíduo mentalmente deficiente, com grau avançado de atraso mental, ligado a lesões cerebrais. Fiódor Dostoiévski escreveu um livro, cujo título "Idiota", que conta a história de um homem com epilepsia, mas bom e humanista que, devido às suas atitudes de grande compaixão, é visto pelos outros como um idiota. Mas, o sentido original da palavra não é este! Do grego "idiótes", na acepção original, designava literalmente alguém que se dedicava apenas aos assuntos particulares em oposição ao cidadão que participava dos assuntos de ordem pública. Em outras palavras... Alguém que concentra sua atenção apenas ao próprio umbigo!

A palavra Idiota nasceu na antiga Grécia para nominar aquelas pessoas que não estavam integradas na Polis grega, ou seja, para aqueles que não se interessavam ou não participavam dos assuntos públicos e só se ocupavam de si próprios. Desta concepção vem sua raiz "Idio", que significa próprio. Idiotas são pessoas conformadas em si mesmas. Um exemplo de idiota era aquela pessoa que não assistia ao teatro que naquela época era um meio muito importante de transmissão de valores e comportamentos. Para os gregos, o oposto do Idiótes era o Politikos. O termo politikos, por sua vez, se originou a partir da palavra polites, que quer dizer “cidadão”, que se originou de polis, traduzido por “cidade”. Numa sociedade como a grega, em que a vida pública interessava a todos os cidadãos, os politikos eram aqueles que se dedicavam ao governo da polis ("a cidade” ou “o Estado"), colocando o bem comum acima de seus interesses individuais.

Os romanos vieram a popularizar o termo latino, civitas, que significa “conjunto de direitos atribuídos ao cidadão” ou “cidade”. Esse termo evoluiu da palavra civis, nome dado para todos os homens que moravam nas cidades. Daí se derivam outras palavras como cidadania e civismo. Portanto, cidadão vem a ter o mesmo sentido da palavra político, possuindo apenas raízes diferentes. Fazemos política sempre que tratamos de assuntos que são comuns a todos que convivem na mesma comunidade. Ao fazer opção por algo ou simplesmente não escolhendo coisa alguma no que diz respeito aos assuntos relativos a sociedade, estamos sendo políticos! Quando escolhemos ou deixamos de escolher algo por estarmos apenas interessados no nosso umbigo, estamos sendo idiotas.

O repúdio a palavra "política" não é recente. No século XVI o termo politician designava alguém que recorria a intrigas para adquirir poder ou cargos públicos. Algo semelhante ao que hoje chamamos de trambiqueiro, politiqueiro, que faz politicagem. Apenas confusão de palavras... Politiqueiro, trambiqueiro ou afiliado a partido político não passa de um mero IDIOTA! Como assim? Afiliado a partido político não está interessado no bem comum? Claro que está! No bem comum aos que professam a mesma fé e ideias, não importando se o restante da sociedade está de acordo ou não. Na origem dos partidos até poderia ser verdade, pois o mundo era mais preto e branco e menos tons de cinza como o é hoje. Atualmente os partidários preferem outro caminho que é o de conformarem a todos os outros segundo suas próprias ideias, ou seja, que olhem também para o seu umbigo.

Um comentário:

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