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"Imperialismo Americano" é apenas propaganda de má qualidade!

Imperialismo Norte Americano - Blog do Asno

Primeiramente é preciso ficar registrado que há canalhas tanto na corrente liberal e no capitalismo quanto há entre os progressistas, mas isso não justifica que o jogo seja sempre desequilibrado com mais desinformação e mentiras. Desde a sexta série até a faculdade eu tive doze professores esquerdopatas, o que é mais do que suficiente para uma lavagem cerebral. Acontece que eles cativavam mais aos alunos e por esse motivo influenciavam muito mais do que os outros que estavam ocupados apenas com suas disciplinas. Claro que também me iludi na época e arrastei esse doutrinamento até a maturidade. Só que chega um momento que aqueles rótulos não aderem mais quando o nosso cérebro já é capaz  de fazer com que mais do que dois neurônios se ativem. Naquela época consumíamos e estudávamos muitas obras de Trotsky, Lenin, Proudon, Marx, Russeau, Foucault e Bakunin. Como aquilo nos inspirava! Mas, faltava o contraditório e nenhum professor estava disposto a promover o debate, apenas o adestramento. Mais tarde, ao conhecer a obra de Gramsci fui entender que eram eles os idiotas úteis que a esquerda necessitava para se alçar ao poder.

Tá tudo errado! Faltava ainda entender os pensamentos de Adam Smith, Maquiavel, Voltaire, Schopenhauer, Theodore Dalrymple, George Orwell e Jean Baudrillard. Eu não moraria nos EUA por uma série de razões pessoais, mas aquele país tem minha admiração pelo amor que eles nutrem por sua liberdade e pela forma como defendem com paixão o seu modelo de vida. A primeira cagada que deve ser corrigida é a ideia de que americano é só o povo estadunidense! Isso acontece devido a leitura equivocada e criminosa da doutrina instituída pelo presidente norte americano James Monroe em 1823. "A América para os americanos" não significava dizer "para os estadunidenses" e, sim, para nós que pertencemos ao Continente Americano! Pura maldade de parasitas com ódio a uma nação que se desenvolveu e conquistou sua liderança natural. Tem muito professor de história, safado, que deturpa esse sentido para corroborar seu fetiche pelo aintiimperialismo. Essa atitude criminosa tem feito com que o Brasil fique sempre na rabeira quando o assunto é progresso individual. Se Bill Gates e Steve Jobs fossem brasileiros estariam vendendo picolé nas praças para se ter uma ideia de como isso é prejudicial.

A propaganda antiamericana ganha sempre mais força quando há supostas "riquezas" nacionais ameaçadas, como é o caso atual do Pré Sal. No meu ponto de vista o Pré Sal é uma aposta trágica e já escrevi minhas razões para crer nisso. Acontece que revelada nossa incapacidade de tornar essa aposta algo realmente rentável ao país, já engrossam os virulentos discursos de que lá estão os famigerados yankees a nos atrapalhar. De novo, reagimos pateticamente para responder a nossas próprias escolhas erradas. Nós é que somos os reais agentes do atraso e nos recusamos a reconhecer nosso papel nesse processo.

Imperialismo é uma concepção conceitual promovida por pensadores que consideram a presença de outros países em seus territórios como negativa. Mas, ainda que o mesmo existisse atualmente, a palavra imperialismo não deveria ser empregada de forma lateralmente negativa, já que todo processo imperialista também trouxe benefícios as culturas dominadas. No caso do comportamento americano foi apenas uma resposta ao neocolonialismo (imperialismo) europeu que lançava-se sobre diversos países na África e Ásia. Os americanos miraram na América Latina por que após a independência da colonização espanhola houve uma fragmentação política muito grande e o poder se concentrou apenas nas mãos de uma aristocracia que mantinha a mesma estrutura de exploração colonial. Em outras palavras, o cenário era uma janela de oportunidades aos Estados Unidos. Lógico que eles não são altruístas e estejam interessados apenas em ajudar essas nações ainda primitivas! Mas, também não são os demônios pintados por quem nem se deu ao trabalho de ponderar todos os fatos.

Desde minha infância e passando por minha juventude, não tenho ouvido expressão mais constante, mais perene, sempre rejuvenescida a cada vez que é repetida e cada vez mais desprovida de sentido. No sentido da palavra "imperialismo" como domínio territorial ou ainda como aquele percebido como ingerência nos assuntos internos de outros países, os americanos poderiam até ser considerados como imperialistas. Porém, é incompreensível tamanho ódio aos EUA comparando-se a anemia desse suposto imperialismo comparado ao imperialismo europeu, otomano, romano, bizantino e por aí afora. As intervenções americanas em seu "quintal" foram numerosas, mas tão breves que apenas um historiador ou jornalista experiente seria capaz de citar todas de cabeça. Além do mais, poucos dos que sofreram intervenção ficaram ressentidos, haja visto o caso dos porto-riquenhos, que nem pensam em se tornar independentes e perder a cidadania americana. O próprio canal do Panamá foi restituído em 1999.

No caso do Brasil, nossos néscios intelectuais se habituaram a utilizar fatores externos como bodes expiatórios para sua incapacidade de criar soluções para nosso país. Somos historicamente incapazes de fazer mea culpa sempre que as coisas dão errado. Já culpamos Portugal mesmo depois de criarmos nossos próprios problemas após a independência e agora culpamos os EUA. Esses professores recorrem sempre a argumentos como nós "nós somos ricos, eles é que levam a nossa riqueza" ou "nós somos criativos e empreendedores, eles é que impõem pela força seus padrões culturais". Acreditar em falácias como as de que nossas elites são manobradas pelo imperialismo americano, a Guerra do Paraguai foi, na verdade, uma guerra da Inglaterra contra uma emergente potência sul-americana, na qual Brasil a Argentina foram meros fantoches, ou a revolução de 1964 no Brasil foi provocada pelos americanos que deram ordens aos nossos generais é muito conveniente, porque transfere a outros a culpa por tudo de errado que nós fizemos.

Se o sentido da palavra "imperialismo", ficar restrito aos moldes econômico e o cultural, nem sempre os EUA são bem sucedidos, já que outros países conseguem produzir itens melhores e mais baratos. Culturalmente, contudo, eles são mais bem sucedidos. O modo de vida, os modismos, os valores americanos encontram-se amplamente disseminados por todo o mundo, inclusive pelo Brasil. Mas eles nunca apontaram seus mísseis para nos obrigar a isso! Os americanos são muito odiados no oriente por que as idéias de democracia, liberdade de credo, emancipação feminina, entretenimento e consumo de massa são revolucionárias e produzem uma forte reação por parte dos tradicionalistas daquela região. Na verdade, estes valores pertencem ao ocidente, mas são mais percebidos por eles como originários dos EUA. Os atentados sofridos em solo americano como o 11 de setembro não são protestos contra a exploração econômica do Terceiro Mundo.

Mas retomando o debate sobre a intervenção ou ingerência em assuntos internos. De longe, o país que mais sentiu isso por parte dos EUA foi o Japão. O que houve em seguida? Apenas Tóquio mais suas três prefeituras vizinhas detém o terceiro PIB do mundo. A conclusão é uma só. O Japão superou "imperialismo" americano e, para cúmulo da ironia, com ajuda dos americanos para se reerguer após a guerra. Isto foi possível porque os japoneses, ao contrário dos demais, tiveram a magnanimidade de reconhecer aqueles aspectos em que a cultura estrangeira era superior à sua própria, bem como a grandeza para aprende-los. Eles não repeliram histericamente condenando um "imperialismo" que violaria a sua "soberania", como é hábito em nosso nacionalismo de boteco. Os japoneses são verdadeiros nacionalistas e por isso se tornaram gigantes enquanto atolamos em nossa mediocridade

Há muita contaminação ideológica para que se realize uma leitura desapaixonada quanto as doutrinas propostas pelo governo norte-americano desde a fundação do país. Há sempre dois lados a serem considerados quando se pondera sobre o Destino Manifesto, a Doutrina Monroe, o Big Stick, a Doutrina de segurança nacional e a defesa do monopólio comercial, além de eventos como a Conquista do Oeste, a Guerra Mexicano-Americana, as Guerras das Bananas, a Guerra Hispano-Americana, as intervenções militares diretas em diversos países como: Argentina, Brasil, Chile, Haiti, Havaí, Nicarágua, Coreia, Panamá, Filipinas, Porto Rico, Guam, Samoa, Honduras, República Dominicana, Rússia, Iugoslávia, Turquia, El Salvador, Irã, Grécia, Venezuela, Alemanha, Egito, Líbano, Laos, Indonésia, Omã, Bangladesh, Angola, Congo, Granada, Líbia, Bolívia, Ilhas Virgens, Libéria. Por fim e mais recentemente, as intervenções militares na Arábia Saudita, Somália, Bósnia, Albânia e Sudão, assim como a Guerra no Afeganistão, Guerra do Vietnã, Guerra do Iraque além de políticas como o embargo a Cuba, a criação da Echelon e as recentes denúncias de espionagem americana à países parceiros.

Se não há interesse sério em aprofundar-se sobre esses fatos (não há necessidade mesmo!), ao menos que se abandone essa história de que somos atrasados devido ao imperialismo. Não somos vítimas nesse processo de atraso. Somos nossos verdadeiros carrascos e ainda não aprendemos a identificar nossas próprias falhas e não reconhecemos as consequências de nossas escolhas ideológicas. Já deu! Basta com esse discurso de que somos apenas marionetes e fantoches. Se fôssemos tão indignos desse modo, não nos caberia a indignação, caso, de fato, houvesse algum fantasma nos prendendo ao atraso. Professores que recorrem a essa falácia em nada contribuem para o afloramento de uma geração capaz de empreender as mudanças que o nosso país precisa. Precisamos de estudantes capazes de compreender nossos erros e preparados para construir ideias e soluções graduais para nossos problemas.

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