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Último texto sobre a Redução de Vereadores em Birigui


Ainda há quem defenda uma suposta representatividade com o número atual de 17 vereadores em Birigui. Bem, já dizia aquele velho deitado que "contra a matemática não existem argumentos". Há pelo menos três fatores importantes que a população e eleitores devem levar em consideração quando forem debater se 17 é um número ideal ou não para Birigui. O Primeiro gráfico abaixo ilustra bem o quanto somos muito bem representados. Na cor AZUL, podemos ver a quantidade de “matérias” que cada vereador propôs durante o ano de 2017. Isso considerando a enxurrada de Indicações, Moções e Requerimentos que de sólido nada trazem de resultados para a população. Já na cor LARANJA, aplicamos um coeficiente com a atribuição de nota para cada uma dessas matérias de acordo com a relevância para os munícipes, já descontado também se o projeto era relevante, porém não foi aprovado.


Como podem observar, volume nem sempre se traduz em qualidade. Há vereador que apresentou pouquíssimas propostas, mas alcançou um coeficiente até razoável, como o caso do presidente Vadão da Farmácia que apresentou apenas 47 proposituras e uma pontuação de 80 numa Escala de Relevância. Agora, tentem avaliar aos outros! Há quem apresentou o maior número de proposituras, mas com uma pontuação de 29 na Escala de Relevância, alcançou pouco mais de 16% de aproveitamento de seu ano legislativo. Pior para aqueles que não tiveram nota alguma na Escala de Relevância! Para aqueles que precisam que se desenhe para entender uma explicação, segue mais um gráfico abaixo para identificar qual foi o aproveitamento de cada vereador no ano de 2017 quanto a relevância de suas proposituras.

Mas, espera! Eu disse que havia três fatores a se considerar e até agora eu mencionei apenas a relevância das matérias propostas. Vejam abaixo no gráfico a seguir que quanto a presença durante as sessões e nas comissões, há quem também deixe a desejar. E olha que se compararmos com o critério de relevância a Dra. Osterlaine, como suplente em apenas algumas sessões, conseguiu ter mais importância para o processo legislativo do que muitos que ficaram abaixo dela. Comparem!

Em tempo! Nem comecem com a falácia de que as ausências eram justificadas para que parlamentares viajassem representando os interesses dos munícipes por que, em alguns casos, essas viagens tinham outra finalidade como, por exemplo, aumentar a base eleitoral de determinados deputados que sairão candidatos nesse ano e, em outros casos, a criação de bases para a própria candidatura! Estou quente, senhor futuro candidato a deputado federal? Agora, sim! Vem o mais importante de todos os comparativos. Quanto custou para Birigui manter esses honrados senhores durante o ano de 2017... Por vereador, é claro! Comecemos pelas despesas com viagens, considerando que quando um assessor viaja em nome de um vereador essa despesa deve corresponder ao seu nome.

Tem como fazer uma comparação com o quociente de produtividade desses nobres senhores? Isso por que ainda estou considerando as propostas atribuídas ao vereador Claudio Barbosa, o Kal, mesmo sabendo que ele nem tem ideia do que propôs! A Câmara Municipal de Birigui custou as cofres públicos em 2017 a soma de R$ 7.673.109,30. Uma justa avaliação demonstraria que 10 milhões seria um valor até aceitável para a importância que uma entidade como essa tem para o município.  O problema não está no valor dotado para a Casa Legislativa e sim na qualidade da tal "representatividade" invocada imbecilmente pelos parlamentares. Se empregarmos o raciocínio acima levando em consideração o desempenho medíocre dos vereadores baseado na qualidade de suas proposituras teríamos um gráfico demonstrando qual foi o custo/benefício de cada vereador para o município. Se são 17 e para sustentar os trabalhos desse total de vereadores são empenhados R$ 451.359,37 para cada um, em relação a sua relevância, teríamos o seguinte gráfico:
Assutou agora? Não é o salário o problema! Eles poderiam ganhar R$ 10 mil de salário cada um que o custo seria diluído pela sua relevância. Mas, não é o que acontece. Trabalham como cabos eleitorais de deputados estaduais e federais, agregam assessores para atividades assistencialistas e nada parlamentares (sem falar que atuam como cabos eleitorais também) e servem apenas para corresponder ao fortalecimento de suas legendas. NADA DE REPRESENTAR OS INTERESSES DE SEUS ELEITORES DE FATO. A redução do número de vereadores não é uma questão monetária e sim uma alternativa para que os trabalhos sejam mais relevantes para o município já que os futuros vereadores precisarão atingir realmente o Quociente Eleitoral mínimo para ocupar uma cadeira. E não apenas 600 e poucos votos... Entenderam? Ou precisa desenhar mais? 

É covardia aplicar o argumento da Representatividade para manter o número de 17 vereadores em Birigui! Viu senhor Buchalla! Até acredito que o senhor realmente creia nas palavras que disse na tribuna para defender a manutenção do número atual, mas está redondamente enganado. Sem falar que só ignorantes achariam mesmo possível o senhor ter seu salário reduzido! Como sugestão... Crie um fundo para promessas não cumpridas de vereadores e ao final de seu mandato aplique a verba economizada. Outros já fingem falar bobagem na tribuna, mas por velhacaria mesmo. Boa sorte Birigui... Sua vocação para continuar com desempenho medíocre face a outras cidades mais evoluídas em cidadania consolida-se com mais força a cada dia.

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