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Sou apenas eu, ou mais alguém acha que nossa "Classe Média" é mais média que as outras?

Nova Classe Média, segundo o Governo - Um Asno
Nova Classe Média, segundo o Governo - Um Asno
Sou apenas eu que sentiu uma ligeira diferença na classe média atual? Desde pequeno me esforçava para um dia ascender a famosa classe média de quem só ouvia falar nos telejornais. Nunca tive a pretensão de ousar tão alto a ponto de desejar compor a chamada classe rica do país; a média bastava! Pai pedreiro, mãe operária, só me restava a educação e, talvez uma formação técnica, já que faculdade séria era pra quem tinha melhores recursos. De lá pra cá não foi apenas o acesso a universidades que foi banalizado. Ascendi à força a uma tal classe média fantasiosa e recebi dezenas de informes publicitários de um volume escandaloso de novas universidades, todas com ótimas propostas e uma agradável oportunidade de um curso caro inteiramente financiado pelos programas federais.

A primeira desilusão é que a grande maioria dessas universidades superfaturam seus cursos e refinanciam sua própria estrutura. Tudo legal e não significa que darão um calote nos tais programas. Mas... Primeiro ponto: em nome da ambição e esforço para engolir toda a demanda, negligenciam o essencial, ou seja, a qualidade destes cursos. Ao menos, de tempos em tempos essas universidades acabam na peneira do MEC e podem até perder seus cursos. Segundo ponto: abundam o mercado com gente mal formada e engrossam as baias de setores já ineficientes nos diversos setores da sociedade. Agora voltemos a outra fantasia: A celebrada "Nova Classe Média Brasileira"!

Em meu país, a classe média (a de verdade), sempre sofreu com o governo. A classe média era o irmão do meio, sempre negligenciado pela atenção do estado paternal. Sofriam com os impostos, com os planos de saúde, com as mensalidades escolares, com a manutenção cara de suas residências maiores, com os planos privados de previdência, com o IPVA de pelo menos dois veículos, o condomínio de seus lares, o seguro de vida, o custo de cada viagem de férias e por aí afora! Hoje, segundo o governo vigente, integro esta apreciada fatia de nossa sociedade. Contudo, sou assalariado! Não tenho plano de saúde (nem poderia), minhas filhas sempre estudaram em escola pública, tal como eu (nem poderia ser diferente), não possuo previdência privada (como poderia ter??), mal consigo pagar as despesas residenciais, quem dirá de um carro decente. Seguro de vida, nem pensar e viagens de férias só se for excursão ou o bate-volta pra 25 de março!

A minha presidente, a quem já cheguei a afirmar que governa melhor que seu antecessor, demonstra que fez escola com ele! Talvez por isso que muita gente não acredita que Cristina Kirchner manipula os números da inflação na Argentina: estamos muito mal acostumados com números fantasiosos! Em meu país, um indivíduo pode morar muito mal num barraco em uma região sem saneamento sem ser assistido por um sistema de saúde que satisfaça, sem transporte adequado e uma educação que o valha, e ainda assim, não ser considerado miserável ou pobre porque sua renda pode ultrapassar os R$ 300 per capta!

Ou seja, se um casal tiver apenas um salário mínimo de R$ 678 (considerando que um possa estar desempregado), como renda, já é classe média!!! Esse valor não cobre o aluguel de uma residência popular em minha cidade. Quando Dilma lançou o programa Brasil sem Miséria, em junho de 2011, afirmou que era preciso resgatar 16,2 milhões de brasileiros da pobreza extrema. O que ela disse não era mera fantasia, o número partiu do censo do IBGE de 2010. Recentemente, porém, ela vive repetindo que os milagres de sua gestão já removeram da miséria 19,5 milhões de pessoas nos últimos dois anos. A presidente reitera que ainda falta atender, pelo menos, outros 2,5 milhões de miseráveis. Bom, nesse caso, a conta já ultrapassa em 5,8 milhões de pessoas sobre o primeiro número apontado em 2011! Ou a presidente é ruim de conta ou o número de pobres aumentou nos últimos anos, contrariando a redução pronunciada. Se eram pouco mais de 16, como o estado precisa assistir 22 milhões de miseráveis?

Eu sei, eu sei!!! Vão vir com a falácia de que os números partem do CadÚnico (Cadastro Único) que é abastecido pelas prefeituras e muito mais confiável do que os dados estatísticos do IBGE. Então por que optaram pelo segundo? Aliás, nem um nem o outro são confiáveis, pois, diferem até do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), porque nosso conceito de miséria desconsidera as pessoas que se encontram acima da linha da pobreza oficial, que não são muito menos miseráveis que os primeiros!

Brasil sem miséria é Brasil sem mentirosos. O que precisamos é parar de remover a sujeira para debaixo do tapete, assumirmos nossas responsabilidades administrativas e encarar a pobreza como sendo resultante do fracasso político. Temos pobres porque temos pouca gente se importando com isso nos corredores oficiais. Devolvam-nos impostos que pagamos em forma de serviços satisfatórios e o restante conquistamos com "braço forte".

Um comentário:

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