Concluindo a discussão sobre as drogas
A cidade de São Paulo, recentemente, realizou a intervenção com franco apoio da maioria da população e ao mesmo tempo inaugurou o maior centro brasileiro destinado ao tratamento dos viciados: o Complexo Prates. Quando o governador Geraldo Alckmin resolveu pôr em prática a internação compulsória de viciados em crack em parceira com o Ministério Público, a Justiça e os médicos, houve nova enxurrada de críticas a uma atitude que responde ao óbvio: se um dependente for atestado incapaz de controlar sua própria saúde, a Justiça poderá determinar a internação. Em resumo, algo estritamente legal e previsto em nossa constituição. Covardemente, baluartes defensores dos "direitozumanos" atacaram a iniciativa sugerindo soluções sem o uso da força ou coerção.
Que soluções? Quais são as alternativas apresentadas pelos ditos progressistas? Se o próprio governo federal com seu alardeado programa "Crack, é possível vencer", segundo o site Contas Abertas, não desembolsou mais do que 7% da verba do Fundo Nacional Antidrogas no ano passado. É a prova de que se não são capazes de gastar a verba destinada é porque carecem de propostas sólidas e efetivas. Não sendo capazes de resolver o problema, atacam quem toma a iniciativa.
Se os ditos progressistas não possuem proposta alternativa alguma para oferecer, deixam pistas de como resolveriam o problema: legalizando as drogas! Quem afirma a insanidade de que devemos respeitar a vontade dos usuários e incentivá-los a buscar amparo nas políticas desenvolvidas pelo governo federal é, no mínimo, incoerente! O único estado que mantem clínicas para tratamento de viciados é... SÃO PAULO!! Além do mais, de que vontade estão falando? O infeliz só exerceu seu poder de escolha para embrenhar-se na ilusão de euforia do tóxico. Uma vez dependente, seu livre arbítrio foi pro espaço e daí um problema que era exclusivamente de sua escolha particular passa a ser de toda a sociedade! Quem se arrasta pelas ruas como zumbi movido apenas pelo vício já perdeu o domínio sobre o próprio corpo faz tempo.
A internação compulsória vem a ser a resposta que a sociedade, não o governo estadual, escolheu dar. A sociedade, formada por gente que produz, trabalha, irá mais uma vez sustentar, através dos impostos que paga, a chance para que os zumbis se recuperem. E é só! O viciado é também coberto pelos direitos e garantias que são assistidos a todos, mas a sociedade não está obrigada a colocar-se voluntariamente como refém de quem potencialmente a destrói.
Engraçado... Houve um tempo (e eu cheguei a assistir palestras promovidas por eles), que os ditos "progressistas" combatiam as drogas porque entorpeciam a consciência. Hoje as drogas fazem parte das pautas da militância. Acontece que eles estão muito errados e a evidência disso é que a procura por internações de dependentes químicos surpreendeu até ao governo do estado que foi obrigado a ampliar a estrutura de atendimento dois dias após o início do programa. Houve uma corrida pela internação! Pais e mães certamente sofrem terrivelmente ao buscar um filho na rua para tentar interná-lo e o desamparo é ainda maior quando filhos tentam resgatar os pais. Se o programa será eficaz, ou não, isso eu não sei, mas é um passo valente na direção correta.
Volto a discutir o assunto se as propostas e argumentos dos leitores forem mais sérios e menos influenciados pela "brisa".
Estou acompanhando suas publicações sobre dependência, e acredite estava muito reticente em opinar, sabe porque? Pessoas que não tem seus entes queridos envolvidos com drogas, não conseguem mensurar o quanto é devastador, pois os envolvidos (diga-se) familiares travam uma luta que é desigual, o dependente fica "blindado", as pessoas não sabem como é desesperador. Minha familia já passou por isso, é desolador............
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