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Os Messias: Lula e Bolsonaro - Blog do Asno

Uma reveladora coincidência no imaginário popular brasileiro une os dois grandes messias que se apresentam como oponentes na próxima eleição para presidente: a aversão a imprensa e tudo o que ela traz a tona sobre a realidade quanto as suas práticas nada morais. Para se eleger, Bolsonaro contou com a simpatia de muitos jornalistas e não perdia uma oportunidade para manter-se em evidência nos programas de TV e telejornais... Lula também!

Hoje, Bolsonaro não gosta da imprensa; Lula também não gostava (voltou a gostar!). Bolsonaro ataca e não explica; Lula também atacava e afirmava ignorar tudo. Bolsonaro defendia a imprensa quando ela atacava Lula. Lula defende a liberdade de imprensa quando Bolsonaro a ataca. Incrível que esse imenso país reduza-se tão mediocremente a esses dois velhacos quando há tantos servidores disponíveis mais capacitados, menos megalomaníacos e verdadeiramente dispostos a levar o país a outro estágio de desenvolvimento.

Após tanto criticar o governo petista os eleitores conseguiram eleger o messias Bolsonaro, alguém ainda pior do que o messias Lula e a prefidenta Dilma fundidos em uma só personalidade. Os brasileiros foram governados por uma ideologia estúpida de um pensamento, supostamente de esquerda, que não havia ainda encontrado um exemplo paralelo de danos na história do Brasil. Pois bem, Bolsonaro, com sua suposta ideologia de direita, conseguiu superar os dois naquilo que ambos representaram de pior para o país.

Lula e seu projeto de poder ideológico causou danos irreparáveis ao país e ponto! Não bastasse isso, legou ao povo brasileiro um governo ainda mais daninho através da sua sucessora Dilma Rousseff. Para serem revertidos, os danos causados por ambos, seriam necessários pelo menos trinta anos. O pior dos danos, obviamente, foi o que nos levou a eleição de Bolsonaro. Fato que nos condena a mais uns vinte anos além dos trinta, já na fatura, vagando à deriva no oceano do progresso.

Lula gozou com pau alheio, fez graça com dinheiro nunca antes visto por nenhum presidente anterior, não se preparou para governar, permitiu que o país fosse atingido em cheio por uma crise sem promover mudança alguma que corrigisse nossas vulnerabilidades e deixou para sua sucessora uma herança que a conduziu ao impeachment por que não teve a moral necessária e se manteve omissa sobre os erros de seu antecessor.

Bolsonaro se elegeu para presidente para ser o deputado que nunca foi. Sequer se preparou para ser deputado, afinal, com o grau de exigência do eleitorado isso nem é necessário. É incapaz de gerenciar a própria vida familiar e seus relacionamentos, mas iludiu o eleitorado de que seria a pessoa mais preparada para conduzir uma nação com todos os problemas que o ocupante do cargo de presidente precisa enfrentar.

A pandemia do Coronavírus revelou mais do que uma população sem mérito para usufruir do privilégio de viver nesse país tão perfeito. Revelou que nossa condição miserável e medíocre é efeito de nosso individualismo e ignorância. Revelou que somos condenados a simpatizar sempre com os líderes desonestos, incapazes, ignorantes, arrogantes, lunáticos e facínoras... Tudo o que espelhamos na nossa vida real. É frustrante constatar isso!

Um versículo bíblico tem sido repetido a exaustão ultimamente. Pior é que por gente sem a menor afeição pelo seu significado. João 8:32 é famoso pela frase "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (em latim: Veritas vos liberabit). Nunca um versículo fez tanto sentido para uma nação tão acostumada às "verdades" pulverizadas nas redes sociais e esgotos da internet.

Com certeza, cedo ou tarde, toda a verdade sobre o período da política messiânica no Brasil haverá de ser revelado. Mas, serão histórias registradas em canais do Youtube aos quais ninguém assiste por que está ocupado demais se atualizando com as mais novas "verdades" compartilhadas por novos apóstolos e discípulos de outro messias.

Minha desilusão com eleitorado brasileiro e, por extensão, à grande massa que compõe nossa população é porque as eleições de 2022 demonstrarão que nada aprendemos em mais de trinta e cinco anos desde que recuperamos o direito de eleger nossos representantes. Os civis reconquistaram a democracia no país, mas, tal como o cachorro que persegue automóveis e quando estes param perde o impulso original, ainda não decidimos o que fazer com o nosso país. Em pleno século 21 ainda discutimos sobre esquerda e direita e, muito pior, sequer temos ideia do que isso significa realmente!

Pessoas pedem intervenção militar quando temos o governo mais militar que já tivemos no último século! Nunca os militares estiveram tão presentes e expostos a nosso julgamento! A diferença está justamente no fato de que estão expostos. A imprensa ainda é livre. Talvez isso justifique o ódio de Bolsonaro a imprensa. Agora sabemos que muitos de nossos generais são uns bostas e também o porquê! Agora fica evidente porque um governo militar não funciona.

Dentre muitos honrados e ilibados militares haverão sempre os energúmenos e serão estes últimos que ocuparão os cargos que decidirão sobre nossas vidas. Essa é nossa maldição e condenação por termos sido privilegiados com um país tão maravilhoso. Essa é a fatura que estamos condenados a pagar infinitamente com os juros mais severos por não nos responsabilizarmos por nosso próprio país, abandonando-o nas mãos de crápulas.

3 comentários:

  1. madalenamonteiro1966.mm@gmail.com15 julho, 2021 06:53

    Como eu gostaria que todos tivessem esse pensamento!

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  2. Texto admirável

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