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Fraude nas Urnas Eletrônicas: Acabando de vez com o papo furado dos Bolsonaristas

Fraude na Urna Eletrônica - Blog do Asno
Antes de mais nada, a urna eletrônica é um equipamento eletrônico e, como tal, certamente pode ser fraudado e ponto! Isso não significa que seria fácil... Para as mentes mais chulas, o melhor argumento que conseguem apresentar para justificar sua crença de que as urnas não são confiáveis é o axioma "se ela é tão confiável, por que outras nações não empregam urnas eletrônicas no seu processo eleitoral?". Bolas! O Brasil é o único país no globo que consome abacate com açúcar! Vamos corrigir essa anomalia agora e passarmos a consumir com sal a exemplo de como os outros países fazem? Ou então, consideremos abolir as urnas eletrônicas... E depois? Quando abandonarmos as urnas eletrônicas e, de repente, as outras nações decidirem adotá-las, iremos seguir o seu exemplo e daí passaremos a criticar o TSE por que o nosso sistema deixou de ser informatizado? A questão toda não é essa. Desde a implantação do voto eletrônico no Brasil, em 1996, ou seja, há 20 anos, muito se questiona a respeito da segurança do sistema de votação brasileiro. Nada aprendemos com a relação custo benefício de termos adotado esse modelo. Mas, vamos lá!

Será que as eleições por meio de urnas eletrônicas são à prova de fraudes? Resposta: Não! Será que a fraude pode ser produzida em larga escala e com garantias de sucesso? Resposta: Também Não! Mas, a falta de compreensão de como as coisas realmente funcionam e a falta de curiosidade para buscar compreendê-las é que realmente causam o estrago que aqui temos. Um candidato ao posto mais alto da nação chega ao grau máximo de irresponsabilidade ao falar publicamente que se não for eleito é por que as urnas foram fraudadas... Frase de uma pessoa insana, desequilibrada, desinformada e completamente despreparada para ocupar qualquer cargo executivo.

Acompanho os trabalhos do parlamentar Jair Messias Bolsonaro desde 2003 quando o defendi publicamente no caso com a também deputada federal, Maria do Rosário, e, desde lá passei a acompanhar seus discursos na Câmara, concordando com suas posições em boa parte das ocasiões. Acontece que o volume de bobagem que esse senhor conseguiu produzir nesse tempo todo é bem maior do que as opiniões sensatas que se pode selecionar para contrapor. Eleito sete vezes como deputado federal pelo estado mais ferrado quando o assunto é representação política, o Rio de Janeiro, sendo que cinco vezes recebeu votos através da urna eletrônica, agora aparece com mais essa parvoíce, digna de quem não evolui nem amadurece com o tempo. Apodrece tal como o peixe... Primeiro pela cabeça!


O Sistema Eleitoral brasileiro está longe de ser um processo que dê poder ao eleitor, mas sua fraqueza não está na informatização desse processo. Durante a Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas que acontecem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as urnas são lacradas pelos agentes do TSE juntamente com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o Ministério Público e ainda na presença dos partidos políticos e coligações que se mostrarem interessadas em acompanhar o ato. Ou seja, a compilação e gravação dos programas das urnas ocorre diante de muita gente. Poderia haver alguma tentativa de fraude nesse momento? Claro! Porém, a manobra exigiria a cooperação de muitas pessoas e necessariamente teria de ser realizada em um volume exagerado de urnas para valer a pena. Imaginem o grau de dificuldade de se propor tal cooperação e o custo dessa fraude! Depois disso, no dia da eleição, as urnas são ligadas pelos presidentes mesários, sempre na presença de um ou mais fiscais dos partidos políticos. Ao ser ligado, o equipamento imprime um relatório chamado Zerésima, mostrando que não há nenhum voto gravado na memória da máquina. Poderia haver alguma tentativa de fraude nesse momento? Sim! Mas, teria que ser feito com a ajuda dos mesários, fiscais de partido e também da Polícia Militar, que cuida da segurança do pleito!

Quem já votou sabe que durante o dia das eleições, nenhum eleitor pode permanecer mais do que alguns minutos dentro da cabine de votação e isso inviabiliza a fraude por eleitores. Além da impressão dos boletins de urna, o presidente da mesa também é responsável pela retirada do pendrive que estava lacrado dentro da urna eletrônica. O dispositivo onde estão gravados os votos daquela seção é guardado dentro de um envelope lacrado e assinado por todos os mesários e também pelos fiscais de partidos. Tudo é enviado para o TRE em automóveis escoltados pela Polícia. Depois, os dados dos pendrives são enviados pela internet (através de conexões seguras) para os computadores do TSE, onde são descriptografados e apurados. Nesse particular é que a maioria dos "especialistas" criticam o processo e acusam vulnerabilidades. Mas... Espia só! É um processo completamente monitorado do início ao fim, portanto, fácil de se auditar, rastrear e identificar quaisquer tentativas de fraude. Sendo você um exímio hacker (seriam necessários muitos em cooperação), quanto seria o valor mínimo que cobraria por um ato desses, sabendo que seria pego? O custo e risco tornariam o ataque inviável. Acrescente-se a isso o fato de que em nosso país não existe crime realizado em cooperação de muitas pessoas sem que alguém não acabe falando demais.

Denúncias de fraudes
Sempre ocorreram denúncias de fraudes em urnas nas eleições, mesmo na época em que o voto era impresso! Aliás! Memória fraca, hein pessoal? Naquela época, as denúncias eram mais frequentes e com muito mais propriedade. Na época da votação em cédulas de papel, um voto em branco podia virar um voto válido para algum candidato, bastando algum fiscal fazer um risco no papel (dando um voto para o seu partido, é claro). Ocorrem sim, fraudes nas eleições em todo pleito e é muito pior do que o suposto risco com as urnas eletrônicas. É a interminável COMPRA DE VOTOS. O próprio professor de Ciência da Computação da UNB, Diego Freitas Aranha, que fez doutorado em criptografia pela Universidade de Campinas (Unicamp), que com sua equipe realizou um teste público de segurança promovido pelo TSE onde conseguiram quebrar a criptografia que protegia a ordem dos votos gravados na urna eletrônica, explicou que a tarefa de violar completamente o sigilo do voto ainda estava incompleta, pois para se chegar aos nomes dos eleitores seria necessário acesso à lista externa de votação. Ou seja, para se conseguir quebrar essa criptografia (e quebrar o sigilo do voto), seria preciso ter acesso físico à urna, ter acesso ao pendrive onde estão gravados os votos, ter um bom tempo para se quebrar as chaves eletrônicas de segurança, ter acesso à lista com todos os nomes dos eleitores que votaram na seção para, ao final, cruzar essas informações e tudo isso apenas para descobrir quem votou em quem!

Conclusão
A urna eletrônica não é 100% segura assim como também não era na época da cédula de papel, mas todo o processo é fiscalizado por muita gente e, até hoje (após 20 anos), não houve nenhum caso confirmado de fraude nas urnas eletrônicas. Apenas existem muitas denúncias que não se confirmam! Na eleição de 2014 o partido PSDB solicitou auditoria no resultado alegando a possibilidade de fraude apenas para gerar barulho e passar vergonha no final. A fala de Bolsonaro é apenas combustível para mais ignorância e ruído nas redes sociais e é justamente o tipo de coisa que um presidente jamais pode fazer. Imaginem como seria um caos nos índices econômicos do país cada vez que essa anta cuspisse uma frase irrefletida como essa.

4 comentários:

  1. Já deu teus shows contra o Bolsonaro, o único candidato que pode derrubar os ladrões que querem o poder. Agora faz um post sobre em quem vc vai votar. Criticar é fácil e difícil é apontar soluções.

    Criticar o Bolsonaro a essa altura é indiretamente favorecer bandidos como Haddad. Já bastam as fofocas que a imprensa esquerdista faz.

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  2. PROVA Q NOME DO SITE TÁ CERTO PQ TU É UM ASNO MESMO!

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  3. Tá bom. Então todas aquelas pessoas que mandaram vídeos são atores! Quer testar nossa inteligência!
    Não vamos engolir essa!

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    Respostas
    1. Primeiro, eu mesmo presenciei uma situação onde uma dessas pessoas criava um factoide durante sua votação, a única diferença é que era simpatizante do adversário, mas o método era o mesmo. Segundo, muitas pessoas se atrapalharam na hora de votar e confundiam-se acreditando que o problema era na urna e por último, muitas montagens e falsos fatos foram compartilhados. Muitos já estão sob investigação. Diferente da maioria que só sabe plantar confusão eu mesmo fiz minha auditoria e acompanhei o quanto pude o processo.

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