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Os novos eleitores em 2012

Nilson Alves de Souza - Um Asno
Tudo o que diz respeito a minha cidade me interessa, mas, sobretudo, sua evolução política é a razão principal  através da qual decidi elaborar este blog. Sempre fui consciente de que, ao escolher uma posição, estaria sujeito mais as críticas do que aos elogios, mas isso nunca teve relevância, ou sequer, pesou em minhas decisões. Estou acostumado com as críticas desde que demonstrei minha inclinação pela análise quando desmontei o relógio despertador de meus pais ainda infante. Estou velho... Sei disso porque fiquei chato e ranzinza. Fiquei sem a graça dos jovens e seu vigor para o inútil. Minha geração me decepcionou, decidi colocar minhas esperanças na geração seguinte e... errei feio! Quando falamos nos mais jovens, sempre se aposta em sua atitude, sua aspiração por fazer a diferença e sua vitalidade invejável.

Hoje, pelo menos três desses jovens, cuja rebeldia sem destino certo deveria ser melhor aproveitada com a releitura dos "velhos", declararam sem exitar que seu primeiro voto será nulo. A primeira vez que exercerão o direito de votar será anulada. Talvez porque se perdeu a fé na democracia, talvez ainda, porque, como dizem: "ninguém presta mesmo"... Mas, como definir o que realmente "presta". Quais são os critérios? Certamente não será através da abundante torrente de frases eloquentes esbanjadas nas redes sociais. Obviamente não virá das poesias musicadas que caem cada vez mais no gosto da garotada. Dificilmente veremos que a atitude jovem contemporânea, tão reivindicada nos discursos políticos, irá além dos cliques e dos torpedos jamais interrompidos, nem quando em atividades ordinárias e sérias.

Sei que algumas pessoas se irritam com minha sinceridade asinina, mas, talvez nas baladas, nas "chapadas" entre amigos, nas rodas tribais, entre um "curtir" e um "compartilhar", os jovens atuais encontrem razões mais nobres para se avaliar as lideranças, que quer queiramos, quer não, teremos de escolher. Como toda geração, sempre há exceções espetaculares coma a estudante Tábata Pontes, mas, vou na contramão do que se convenciona atualmente, não celebro tanto a Geração "X", como tantos professores nas salas de aula dos cursos de administração. A apatia dos jovens que me sucederam me dá pânico! Outra vez Belchior esfrega na minha cara que "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais..."

Em  minha geração, podre por sinal, tínhamos ilusões e nos alimentávamos delas como realidades consumadas. Eram ilusões progressivas em comparação com a geração de meus pais e avós, só que as ilusões evoluíram conforme a tecnologia e a acessibilidade. No meu caso, precisava garimpar por duas semanas ou mais por um livro nas estantes empoeiradas da biblioteca, hoje, basta pesquisar no google. Perco a fé nessa categoria de jovens (não todos) quando vejo a maneira como desprezam o próprio futuro como se tudo se resumisse as frases do escritor Eckhart Tolle em seu livro "O Poder do Agora". Venham as críticas, sei que ajudarão a construir um cenário muito melhor do que o que temos "agora".

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