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Uma ovelha desgarrada também faz parte de um rebanho

Ovelha Negra - Um Asno
Depois que escrevi a resposta ao desafio do Pastor Mafafaia, vários leitores evangélicos enviaram seus comentários, emails de congratulações, material para estudo e também críticas. Todos foram recebidos com muita satisfação, muito material foi útil e me serve também para referência, porém é de dois aspectos que pretendo tratar agora. Há duas coisas que minha luz ideológica não permite aceitar no gênero humano: a mediocridade e a hipocrisia. A mediocridade porque considero um desperdício não explorar o potencial divino herdado pelo indivíduo. Considero o maior dos pecados o ser humano deixar de vir a ser, o que poderia ser afinal, por estar acorrentado a conceitos ou preconceitos que nem mesmo lhe pertencem. A hipocrisia porque por trás deste crime contra a própria alma se esconde a ferramenta da nulidade, a anulação de cada ato bem feito. Vamos dar corpo ao artigo:
"hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Os atores gregos usavam máscaras de acordo com o papel que representavam numa peça teatral. É daí que o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência. Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.Um exemplo clássico de ato hipócrita é denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza a mesma ação. François duc de la Rochefoucauld revelou, de maneira mordaz, a essência do comportamento hipócrita: "A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude". Ou seja, todo hipócrita finge emular comportamentos corretos, virtuosos, socialmente aceitos.O termo “hipocrisia” é também comumente usado (alguns diriam abusado) num sentido que poderia ser designado de maneira mais específica como um “padrão duplo”. Um exemplo disso é quando alguém acredita honestamente que deveria ser imposto um conjunto de morais para um grupo de indivíduos diferente do de outro grupo".
Sem me distanciar muito do assunto, este Blog foi idealizado com a finalidade de se promover o debate de ideias das mais variadas. Neste formato, eu como responsável, identifico um tema corrente e discorro segundo minha análise na esperança de que outros o façam em resposta a esta análise para, desta forma, construirmos um quadro geral do assunto. Mas qual! Ainda não aprendemos o que de fato é democracia. Vou citar um exemplo arrancado do julgamento da Ação Penal 470 (vulgo: Mensalão), em curso. Neste caso, vejo duríssimas críticas ao Ministro Ricardo Lewandowski e franco apoio ao Batman do Facebook, Joaquim Barbosa. Ambos têm seus momentos de altos e baixos no desempenho de sua função como juízes. Já discordei de Barbosa com relação as cotas, por exemplo. É claro que, no caso do Mensalão, discordo plenamente de Lewandowski e acho que, ao assumir sua posição de livrar a cara dos mensaleiros, está franqueando as críticas que recebe, porém, este é o mais justo e claro exercício de democracia que um país pode demonstrar como tendo suas instituições democráticas consolidadas. Democracia, acima de tudo, é isso: amparo a toda diversidade de ideias.

Leitores divergem do que escrevo, divergem do que outros comentam e isso é democrático! O que está longe de ser, é o exercício da ofensa despropositada e desprovida de argumentos. Há dias venho anunciando as mudanças que serão implementadas no Blog a partir do dia 10 do corrente mês. Tenho franqueado toda espécie de manifestação, inclusive partidária, primeiro por mero capricho em registrar um momento na história deste blog, depois porque pretendo responder um a um a sua altura, conforme a conveniência do momento. Aceito que continuem me ofendendo e criticando, desde que a ofensa venha acompanhada de argumentação. Alguns nem se dão ao trabalho de ler os artigos inteiros, cegam-se apenas com o título! Outros resistem a ler outros artigos e contestam sem fundamentação alguma, por mera paixão ideológica ou cegueira social. Até o momento, ninguém foi capaz de mudar uma única vírgula dos textos que escrevo. Ninguém se esforçou em me demonstrar com argumentos onde eu posso estar errado. Esfregam links de outros sites como se eu próprio já não o tivesse realizado e citado como fonte, demonstrando que não leram o que comentaram ou se recusaram a se aprofundar sobre o assunto.

A maioria dos que me detestam são parte integrante do grupo volumoso de pessoas que entrevistei durante esta campanha eleitoral. Na última quinta, por exemplo, conversei com uma senhora de Araçatuba que me confidenciou ter vendido 15 votos de sua família por R$ 50,00 cada. Ainda pretendia vender os mesmos quinze a outro candidato no dia seguinte, caso tivesse tempo. O Conforto foi de que, ao menos, ela garantiu que ninguém da família votaria no referido candidato que prefiro não revelar simplesmente por que não tenho provas, senão, a confissão dessa senhora que poderia muito bem estar apenas puxando assunto.

Voltando ao ponto
Comecei citando o público evangélico neste artigo por uma razão muito simples. Não tenho nenhuma orientação religiosa, mas defendo o direito que quaisquer pessoas têm de expressar sua crença, independente se concordo ou não com ela. No máximo discorro sobre o comportamento individual de um ou outro que não corresponde com sua ideologia, nunca contra uma religião toda, incorrendo no erro de generalizar pensamentos e ações. Pois é isto que ocorre na maioria das vezes por puro preconceito, jamais por maturidade de ideias. Por não aquiescermos (Nos colocar em acordo! É pra parecer arrogância mesmo!), com determinada corrente de ideia, atacamos impiedosamente a cultura do outro. E neste contexto, os evangélicos acabam apanhando feio daqueles que se julgam superiores em suas ações e pontos de vista. E vice versa! Alguns evangélicos também precisam repensar sobre os ensinamentos que recebem. Pois bem, eis a hipocrisia em ação nos ataques aos evangélicos, aos que não são, aos militantes políticos e aos que não são (como é o meu caso).

Vi todo tipo de comentário neste blog e lamentavelmente posso inferir que o resultado tão medíocre dessas manifestações venha a representar uma parcela considerável de nossa sociedade atual. Enfim, me expus para que outros se sentissem estimulados para também exercitar suas opiniões e desse modo, todos crescêssemos em ideias e ações dentro daquela que considero uma das melhores democracias do mundo: a brasileira!

Os ataques pessoais, ainda os admito, pois não sou perfeito e acredito melhorar cada vez que alguém me ajude a identificar algo que precisa ter minha reflexão. O que não acredito ser contribuição nem para a pessoa que comenta, nem para mim, ou para os outros leitores, são os ataques gratuitos e que revelam escandalosamente a incapacidade intelectual de quem os escreve. Continuam benvindos os que querem participar, criticando ou não, apenas reservem suas opiniões ofensivas para si mesmos, elas só revelam, com o devido reflexo, que os que ofendem são exatamente iguais ou piores do que aqueles a quem as ofensas se dirigem.

Um comentário:

  1. Tenho lido os artigos teus,tenho concordado mais de que discordado;quanto no que você diz:Alguns evangélicos também precisam repensar sobre os ensinamentos que recebem.Não sou ignorante em achar que nestas palavras você está colocando todos no mesmo bojo!Não sei se me passou desapercebido,salve engano,nunca vi um comentário teu no meu blog e se você leu alguns dos meus posts?.Mas gostaria de convida-lo a ler e quem sabe até critica-lo se assim o desejar.Podemos até nos divergir politica e teologicamente mas nada impedem de nos conviver democraticamente!

    Abraços!

    Pr José Costa

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