No último artigo postado ontem no site de José Dirceu (a é, não sou como a "juventude sábia" que o Zé convoca a só ler os artigos de jornalistas comprados e pagos com o dinheiro público!), gargalhei quando li que ele se "sente com a alma lavada" comentando a revista Carta Capital, segundo ele, magnífica, "não só pela capa, brilhante, que coloca a foto de Roberto Civita com o título “Nosso Murdoch", mas pela profundidade e pertinência, pela forma inteligente como coloca o debate sobre a questão da mídia e do jornalismo no Brasil".
A artigo de José Dirceu já foi amplamente difundido, compartilhado e reproduzido por todos os blogueiros de esquerda e por jornalistas como Luis Nassif. Contudo, o que este senhor entende por democracia e imprensa séria fica evidente quando exorta a leitura de Lord Puttnam (aquele que, como Lula, é generosamente disposto a mudar de ideias), membro do Partido Trabalhista inglês e que foi presidente da comissão do Parlamento que analisou a Lei de Comunicação de 2003
Lorde Puttnam escreve exatamente sobre como os políticos transformaram-se em reféns de uma mídia que, praticando um tipo de jornalismo de esgoto, graças à fragilidade da regulação e à tibieza dos próprios políticos, acabaram facilitando o trabalho de Murdoch e fortalecendo a direita.
Primeiro o seu Zé buscou amparo na base errada porque nossa imprensa nem de perto pode ser comparada a imprensa inglesa! O que ele realmente quer, subjetivamente, é que o comboio petista repita até a exaustão o mântra de que nossa realidade "exige uma clara estrutura regulatória que incentive e na verdade permita o florescimento da pluralidade da mídia", (em outras palavras: uma imprensa a serviço do estado como o é na Venezuela!).
Nem vou comentar a reportagem de Cynara Menezes, com o título “Os desinformantes”, porque ela não revela nada, nem acrescenta fatos novos aos já conhecidos e divulgados, inclusive, através das gravações da própria Polícia Federal. Além do mais, "denúncias sem sustentação", aí a Carta Capital forçou...
Quando Dirceu explica porque se sente com "a alma lavada" ao ler a reportagem e declara que tem "uma história de militância política de esquerda, uma vida pública e um patrimônio moral a defender", esqueceu-se de de acrescentar seu passado terrorista e criminoso (falsidade ideológica ainda é crime no Brasil)
O editorial de Mino Carta, citado em seu artigo, parece se referir a um Brasil do coronelismo recente (e ainda vivo no PT), como se a imprensa atual estivesse dividida entre os "poderosos e os guerreiros contra as injustiças"! Miro afirma que o jornalismo brasileiro sempre serviu à casa-grande, mesmo porque seus donos moravam e moram nela. É uma memória obtusa e tendenciosa se desprezamos tudo o que foi revelado, trazido a luz e escancarado ao público pela imprensa brasileira (muito mais evoluída que a britânica) e a Carta Capital não está entre nossos maiores contribuintes.
Jornalismo de "direita" e de "esquerda"... O que isso significa realmente nos dias atuais???
Antes de exortar a Revista Veja a revelar, através da CPI, o seu conluio com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, porque o senhor José Dirceu não se esforça para explicar porque a empresa que ele inseriu nas entranhas do Planalto doaram para a campanha de Dilma Rousseff R$ 1.150.000,00 e porque, coincidentemente, tinha os contratos mais caros do PAC!
Zé Dirceu, sua alma esta mais suja do que pau de galinheiro, não vem com esta historinha de alma lavada não, nem todo eleitor tem memória fraca viu.
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