A CULPA É SEMPRE DO CAPITAL
Reproduzo o artigo publicado no Blog do Giulio Sanmartini , Prosa e Política:
Ralph J. Hofmann
Ontem saiu meu artigo (Nota de rodapé…) tecendo
considerações sobre como os empregos seguiram a mão de obra barata e o
custo operacional mais barato, haja visto legislações sobre emissão de
carbono que tornavam o custo de operar proibitivo nos países
industrializados.
Coincidentemente ontem recebi o link: Programa do Jô 02-05-2012 de uma entrevista de Jô Soares com o climatologista Ricardo Augusto Felício professor da USP (foto).
Este segue a linha pouco popular, mas que eu tenho defendido (e eu também) de que a
ciência em torno do aquecimento global não é sólida, assim como as
histórias do buraco de ozônio vinculadas aos gases refrigerantes
clorofluorcarbono (CFC).
A cada pergunta de Jô o cientista responde em tom de galhofa, mas
dentro do que temos lido nos escritos de cientistas sérios que estão
marginalizados.
Apenas uma coisa me chamou a atenção. Perguntado sobre quem estaria
lucrando com o catastrofismo do efeito estufa o entrevistado respondeu
com a típica reação que os americanos chamam de “knee-jerk” , que se
refere ao pontapé por reflexo que ocorre quando o medico dá aquele
golpe com o martelinho de borracha no nervo logo abaixo do joelho quando
uma perna está cruzada sobre a outra.
Imediatamente chamou a atenção para o fato de que “descobriram” que o
CFC fazia mal à camada de ozônio quando completavam 25 anos da patente
(creio que da DuPont de Nemours), ou seja se tornaria de domínio
público.
Após iniciarem-se os rumores do “furo da camada de Ozônio” a titular
do produto apareceu com um novo produto patenteado, muito mais caro, e
que exigiu a troca de todos os equipamentos para seu aproveitamento.
Então isto teria beneficiado a produtora de gás refrigerante e os
produtores de geladeiras e assemelhados.
Ora, ele estendeu isto para empresas no primeiro mundo de uma maneira
geral. Os velhos industriais capitalistas seriam quem estariam
fomentando o catastrofismo para vender mais produtos novos.
Isto é estranho. Uma geladeira hoje é projetada para uma vida útil de
no máximo 15 anos. A média é trocar de geladeira a cada sete anos.
Outros equipamentos são mais efêmeros ainda. Se proibirem os novos
gases refrigerantes hoje o mercado ainda terá de atender aos atuais
equipamentos por mais 15 anos. De fato, mais de 30 anos depois da
proibição do CFC ainda há estoques para atenderem geladeiras de até 40
anos de uso.
Isto se refere apenas ao aspecto do catastrofismo ligado ao lucro. Culpa de bancos e indústrias?
Porém quem realmente disseminou as teorias de efeito estufa? Nem os
banqueiros nem os industrialistas. Foram os “liberais” as “esquerdas”
americanas e européias que acusaram os bancos e indústrias de destruir a
terra com suas fábricas, usinas e desmatamento.
Al Gore recebeu um prêmio Nobel (logo depois foi questionado) por um filme sobre o meio ambiente
que basicamente não contém ciência. Apenas opiniões não comprovadas
lastreadas em estatísticas selecionadas. Al Gore é um pilar do
liberalismo americano. É um inimigo dos industriais empreendedores.
Interessantemente o professor entrevistado por Jô Soares
imediatamente acusa o capital. É automático e instintivo. A existência
no meio acadêmico, literário e artístico parece levar uma obrigação de
culpar os empreendedores e realizadores por tudo. Mesmo por campanhas
errôneas desenvolvidas há décadas pela esquerda conservadora.
[Para eles] Se algo está errado tem de ser culpa do capital. Não das esquerdas
que fizeram carreira às custas do dinheiro público para conferências
sobre o meio ambiente.
Minha Vez...
Ufa!!! Já estava me sentindo um patinho feio lendo os comentários marinasilvistas em meu Blog. Fico cada vez mais feliz em descobrir que não ando só por estas veredas contra a Farsa do Aquecimento Global.
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