Cuidado ao aderir ao programa “Minha Casa, Minha Vida”
Como bem lembrou o vereador Paulo Roberto Bearari, temos de fomentar o debate e a minha proposta consiste, em princípio, analisar o seguinte:
"As facilidades do programa, bem como a fragilidade da fiscalização, têm aberto as portas para fraudes. É comum ler em jornais e revistas que muitos dos empreendimentos vinculados ao “Minha casa, minha vida” são entregues sem atender às especificações do governo, com qualidade duvidosa ou em localidades sem a menor infraestrutura. Portanto, antes de assinar o contrato, é importante verificar a credibilidade da construtora e, se possível, visitar algum empreendimento que ela já tenha entregue na região.
Uma fraude que tem sido bastante noticiado diz respeito a construtoras que têm anunciado que o imóvel preenche os requisitos do programa, quando na verdade não os atendem. Em alguns casos, a corretora vende o imóvel por um valor que está dentro das regras do programa, mas a Caixa Econômica o avalia por valor superior ao do contrato – e, nesse caso, o imóvel não se enquadra no programa.
Nesses casos, é importantíssimo que o comprador não assine o contrato antes da avaliação da Caixa, mesmo que a construtora insista que o imóvel se enquadra nos parâmetros do “Minha Casa, minha vida”. Se o contrato for assinado e o comprador der um sinal (uma entrada), esse valor não será restituído – a não ser, na maioria dos casos, depois de uma longa briga judicial com a construtora. Essa prática tem ocorrido em Birigui até por proprietários que aderiram a ideia de construir várias casas para se aproveitar da onda que o programa tem oferecido.
O programa “Minha Casa, Minha Vida” funciona?
É verdade que o programa tem conseguido dar acesso à casa própria para milhões de brasileiros que não conseguiriam realizar esse sonho. Mas, ao mesmo tempo, tem servido aos interesses das construtoras. O aumento do crédito tem elevado bastante os preços dos imóveis na periferia das cidades brasileiras, o que inviabilizará, nos próximos anos, o acesso de muitas pessoas aos financiamentos.
É por isso que o governo brasileiro teve que aumentar, recentemente, os limites máximos dos preços dos imóveis. Os limites anteriores já não eram suficientes para atender à demanda, já que os preços se elevaram demais, acima dos limites anteriores. A meu ver, trata-se de um movimento especulativo com imóveis de menor valor. E, convenhamos, um cidadão de baixa renda não tem condição de comprar um imóvel de R$ 170 mil, concorda? Muitas pessoas têm tido acesso ao programa governamental sem atender às regras, burlando o sistema.
Por enquanto, o crédito tem aumentado exponencialmente e, em resposta, os preços do mercado imobiliário dispararam nos últimos anos, em um movimento que não é sustentável no longo prazo (isso é importante!).
Espero que o governo brasileiro se concentre em atender a população de baixa renda sem estimular ainda mais a especulação imobiliária. Já vimos em vários países importantes, como Espanha, EUA, Inglaterra e Irlanda, o que acontece quando o crédito é concedido facilmente, elevando artificialmente os preços de imóveis.
Vamos acompanhar os próximos capítulos do “Minha casa, minha vida” com atenção.
Olá Nilson,
ResponderExcluirAqui no RS, devido ao aumento de valores e especulação imobiliária, o programa está sendo chamado de "Minha casa, minha divida".
O esboço do programa "Minha casa, minha vida", é um dos melhores programas que qualquer governante já tenha criado, e quem dera se cada brasileiro tivesse a sua casinha. A ideia é louvável e excelente, no entanto, falta o poder do próprio Estado em fiscalizar o que se está sendo feito com o dinheiro público e o que se está oferecendo aos que sonham com sua moradia. É uma tarefa árdua? É! Porque o Estado, muitas vezes terá que fiscalizar seus próprios agentes que se corrompe perante a subornos e outros favores.
Parabéns pela postagem. Tema bem atual.
Abraços.
Meu amigo Nilson eu conheço varias pessoas que pegarão casas aqui em Birigui que alugarão venderão e pessoas que já tem varias casas.
ResponderExcluirEu tentei denunciar mas fararão que primeiro, eu teria que provar
para que eles potese tomar alguma atitude.
Eu perguntei para eles a obrigação de investiga não é de vocês?
Eles me repondero mão ganho para ficar investigando estes tipos de denuncias.
Estas pessoas que eu falo é o Nene Sanches secretario do Prefeito, e o gerente da Caixa Econômica.