O “Veta, Dilma” da Camila pode custar R$ 130 bilhões por ano. “Pensa, Dilma!”
A senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da CNA, publica hoje um artigo
na Folha que é de leitura obrigatória. E mais deveriam se sentir
obrigados a lê-lo os que aderiram ao tal “Veta, Dilma” (sim, queridos,
até Camila Pitanga poderia fazê-lo) e os ecologistas. Ocorre que essa
turma rejeita o debate. Não quer ganhar consciências. Está em busca de
inocentes de bom coração. Se Dilma fizer o que pedem, haverá uma
diminuição da área plantada no país de 33 milhões de hectares. Não serão
prejudicados apenas pequenos e médios produtores. Será pior para o
país. Seguem trechos do artigo.
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É inaceitável que o Brasil abra mão da sua capacidade produtiva, deixando de contribuir plenamente para a redução da pobreza, já tendo a maior área de preservação do mundo.
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É inaceitável que o Brasil abra mão da sua capacidade produtiva, deixando de contribuir plenamente para a redução da pobreza, já tendo a maior área de preservação do mundo.
Será que é
racional abrir mão de 33 milhões de hectares da área de produção de
alimentos, que representam quase 14% da área plantada, para aumentar em
somente 3,8 pontos percentuais a área de vegetação nativa do país? Essa
troca não me parece justa com os brasileiros, pois corremos um alto
risco de aumento no preço dos alimentos sem um ganho equivalente na
preservação ambiental. Reduzir 33 milhões de hectares nas áreas de
produção agropecuária significa anular, todos os anos, cerca de R$ 130
bilhões do PIB (Produto Interno Bruto) do setor. Para que se tenha uma
noção do que representam 33 milhões de hectares, toda a produção de
grãos do país ocupa 49 milhões de hectares.
O Código Florestal não foi construído para agradar a produtores ou
ambientalistas, mas, sim, para fazer bem ao Brasil. Agora, está nas mãos
da nossa presidente, a quem cabe decidir, imune a pressões, o que é
melhor para sermos um país rico, um país sem miséria, que é a grande
meta da sua gestão. A utopia ambientalista, no entanto, não respeita a
democracia política, muito menos a economia de mercado. Há líderes do
movimento verde que pregam abertamente um Estado centralizado, com
poderes para determinar a destinação dos recursos, da produção e até
mesmo do consumo. Nesse tipo de sociedade autoritária, não há lugar para
a liberdade e para as escolhas individuais. Salvam a natureza e reduzem
a vida humana à mera questão da sobrevivência física.
Mas slogans
fáceis e espetáculos midiáticos não podem ofuscar a eficiência da
agropecuária verde-amarela. O Ministério da Agricultura acaba de
divulgar os dados do primeiro quadrimestre de 2012. Exportamos US$ 26
bilhões, gerando superavit de US$ 20,8 bilhões. Nunca é demais lembrar
que o agro exporta somente 30% de tudo o que produz. E, para isso, usa
apenas 27,7% do território, preservando 61% com vegetação nativa. Qual
país do mundo pode ostentar uma relação tão generosa entre produção e
preservação?
Os
ambientalistas, em sua impressionante miopia, ainda cobram que a
agropecuária deva elevar a produtividade. Nos últimos 30 anos, com
apenas 36% a mais de área, a produção de grãos cresceu 238%! Eles não
consideram que os índices brasileiros já são elevados e que aumentos são
incrementais.
Por Reinaldo Azevedo
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