Fiscais do Ministério Público do Trabalho encontraram 90 trabalhadores vivendo em condições precárias no interior de São Paulo. Eles trabalhavam na obra de um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, em Fernandópolis. Imagens feitas por um celular mostram a agonia do trabalhador Antônio Marcos Ferreira Silva, de 39 anos. Ele sofreu um infarto depois de caminhar, debaixo de sol forte, por mais de dois quilômetros para receber o pagamento. “Ficaram de trazer a gente e não trouxeram, aí resolvemos vir andando. Ele falou que estava se sentindo mal, foi caindo e morreu… Logo, menos de 10 minutos, ele morreu logo”, conta o amigo da vítima, José Djalma.Fotos tiradas por fiscais do Ministério do Trabalho mostram a situação dos 90 homens que vieram do Maranhão e do Piauí, há três meses, para trabalhar num conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, em Fernandópolis, interior de São Paulo. Os operários dizem que chegavam a trabalhar até 15 horas por dia. “Recebia R$ 100, depois vinha outro vale, R$ 300, e nunca vinha o pagamento certo, que era o compromisso. Trabalhava todo mundo por produção, tirava R$ 2 mil, R$ 3 mil, recebia R$ 300, R$ 400, e ia acumulando”, conta o trabalhador Marcos César Martins.“Isso tudo levou ao Ministério do Trabalho a caracterizar este fato como uma condição análoga a de escravo”, afirma o auditor do Ministério do Trabalho, Carlos César Alves. A construtora responsável pelas obras tinha repassado os serviços para outra empresa. O advogado que responde por esta empresa negou as acusações. “Todo esse fato será apurado em eventual processo administrativo e, no transcorrer do processo, será demonstrado que não houve esse trabalho escravo”, declara o advogado Shindy Teraoka.Nesta quarta-feira (9) foi feita a rescisão do contrato dos trabalhadores, que vão voltar para o Nordeste. A empresa vai ser multada e o caso encaminhado à Justiça. Após a denúncia, a obra foi embargada. A Caixa Econômica Federal, responsável pelo financiamento do projeto Minha Casa Minha Vida, informou que até o momento não recebeu nenhuma notificação do Ministério do Trabalho quanto à prática de trabalho escravo pela construtora que atua em Fernandópolis.
Um comentário:
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