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Áudio flagra bicheiro tentando evitar que Pagot revelasse esquema

Luiz Antônio Pagot - Um Asno
Gravações feitas pela Polícia Federal flagraram o bicheiro Carlinhos Cachoeira tentando evitar que o ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, que perdeu o cargo acusado de irregularidades, revelasse parte do esquema do grupo. O bicheiro Carlinhos Cachoeira temia que Pagot revelasse em depoimento a senadores o esquema montado para favorecer a Construtora Delta e que incluiria o senador Demóstenes Torres.

Segundo a polícia, Pagot havia participado de um jantar com Fernando Cavendish, então presidente da Delta, Demóstenes Torres e o próprio Cachoeira e poderia expor todo o esquema. Cachoeira teria pedido ao senador Blairo Maggi, do PR do Mato Grosso, para acalmar os ânimos de Pagot.

DEMÓSTENES - Você teve notícia?
CARLINHOS - Não, Blairo mandou falar que não tem nada, não. Blairo que manda nele, uai
DEMÓSTENES - Mas o Blairo falou que tá tudo ok?
CARLINHOS - Falou… Mandou falar.
DEMÓSTENES - Ah, então tá bom. Então beleza. Então falou. Até mais.

Em outra conversa, agora com o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, Carlinhos Cachoeira se mostra tranquilo.

CARLINHOS - Ele não vai falar nada, não. Senão o cara fala que jantou lá, tal, com…com Fernando, com ele. Não vai falar isso, não, porque tá dando tiro no pé também, né?
CLÁUDIO - É, positivo. Tem nada a ver.

Segundo a Polícia Federal, “Fernando” é Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta. Um dia depois, Cachoeira e Demóstenes comemoram o silêncio de Pagot.

CARLINHOS - Doutor, deu certo aí?
DEMÓSTENES - Uai! Deu. O homem não me falou nada, não. Tudo tranquilo.

A oposição pressiona para a CPI do Cachoeira convocar Pagot para depor. Os governistas argumentam que ele não é prioridade do momento. Em nota, o senador Blairo Maggi diz que não recebeu ligação de nenhum dos citados na reportagem e que está à disposição para qualquer novo esclarecimento.


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Eis aí. As reportagens de VEJA sobre o Ministério dos Transportes ajudaram, isto sim, a demonstrar que havia uma quadrilha atuando dentro da pasta, que desviava milhões — bilhões? — de recursos públicos e não entregava as obras, o que chegou a ser motivo de um quase ataque de fúria da própria Presidenta da República. Foi inteiramente desmontada? Ainda atua naquele ministério e em outros? Bem, os métodos da Delta começaram a ser revelados pela Revista VEJA em maio do ano passado, naquela reportagem (aqui e aqui) em que Fernando Cavendish aparece dizendo que, com alguns milhões, dá para comprar um senador… Como é a empresa privada que mais recebe recursos do PAC, creio que só uma investigação rigorosa sobre a sua atuação pode responder.

O que se vê acima é que Cachoeira, Demóstenes e o próprio Cavendish se mobilizaram para assegurar o silêncio de Pagot. Ora, só pode silenciar quem tem o que dizer. E o que Pagot teria a dizer? Tudo o que sabia sobre o órgão que dirigia. Como Cachoeira afirma, Pagot teria decidido “não dar um tiro no pé”.

Na ânsia de atacar a imprensa independente, os subjornalistas alugados pelos mensaleiros ensaiaram transformar Pagot num herói. Herói de quem? Os diálogos acima o provam. Agora com a nova (velha) CPI, quem sabe se desenterra alguns tesouros na pasta.

Um comentário:

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