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Tesoureiro do PT diz que é comum pedir dinheiro a interessados em negócios com o governo

João Vaccari Neto
Alguns leitores que não gostam do que escrevo, quando menciono o PT, vão me criticar pelo texto abaixo porque é de conhecimento geral que todos os partidos recorrem a essa prática nefasta e prejudicial a democracia (porém, sem a qual, nenhum partido conseguiria realizar uma campanha que fosse eficaz ao iludir, enganar, manipular, persuadir e convencer o eleitor)... É a mais pura verdade! Mas eles também serão obrigados a concordar que nenhum partido consegue ser tão eficaz quanto o PT no que diz respeito a conquistar doações! Os trechos abaixo foram retirados da matéria publicada no Globo (visite o link para ver a matéria completa e a entrevista do tesoureiro):

SÃO PAULO - O secretário de Planejamento e Finanças do PT, João Vaccari Neto, não vê conflito ético no fato de o partido ter aceitado doações de empresas com interesse direto em decisões do governo federal para sanear as finanças da legenda ano passado. Em 2011, ano não eleitoral, o PT arrecadou R$ 50,7 milhões entre empresas, aproximadamente 20 vezes (!!!) do que PMDB e PSDB conseguiram, cada um, no mesmo período. Metade das doações foi feita por construtoras com contratos com o poder público. O restante se divide entre setores químico, financeiro e agronegócio, também com interesses no governo.
(...)
A ofensiva junto a empresários permitiu não só o pagamento da dívida de R$ 28 milhões deixados pela campanha de Dilma Rousseff à Presidência, como reduzir pela primeira vez o déficit histórico das contas do partido, que segundo o próprio Vaccari, “sempre gastou mais com sua manutenção do que arrecadou”.
(...)
Para cada R$ 10 doados por empresas a partidos ano passado, R$ 9,06 foram doados ao PT. Fechar o ano com déficit acima de dois dígitos era regra no partido desde a época da campanha vitoriosa de Lula à Presidência em 2002. De lá para cá, o partido vinha fechando os anos com dívida média de R$ 31,3 milhões, segundo cálculo baseado em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No ano passado, esse déficit caiu para R$ 6,3 milhões.
Vaccari se apresenta como o único responsável por levantar recursos para sanear as finanças da legenda e atribui a busca por recursos para quitar dívidas da campanha de 2010 apenas ao comitê específico da campanha.
— Procuro a empresa e peço o dinheiro para o partido. Mantenho relacionamento com empresas de todos os setores da economia, apenas eu estou autorizado a fazer isso — disse.
No entanto, um dos doadores ouvidos pelo GLOBO, o empresário Ronaldo José Neves de Carvalho, conta ter sido procurado por outro petista, o deputado federal Newton Lima (SP).
(...)Da dívida de campanha, segundo o tesoureiro, a maior parte, R$ 17 milhões, referia-se a serviços de gráfica. Havia também pendências com espaços usados para eventos e com o marqueteiro João Santana.
(...)

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